quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Semana Vegetariana Mundial
De 1 a 7 de Outubro realiza-se a Semana Vegetariana Mundial (SVM), apoiada por grupos vegetarianos, pela defesa dos animais, ambientais e outros, de forma a reduzir os problemas ambientais, de saúde e outros associados com a carne, leite e outros produtos de origem animal.
"Foi escolhido este período por incluir várias celebrações anuais", afirmou Mateus Mendes, organizador da SVM. "Inclui o Dia Mundial do Vegetarianismo (1 de Outubro), o Dia Mundial dos Animais de Quinta e Dia Internacional da Não-Violência (2 de Outubro) e o Dia Mundial do Animal (4 de Outubro)."
O objectivo desta iniciativa é o de divulgar uma forma fácil para melhorar a saúde de todos nós e do ambiente. O vegetarianismo é uma escolha feita por cada vez mais gente devido às suas vantagens abrangentes.
"Nada que os seres humanos possam fazer beneficiaria tanto o ambiente como uma redução dramática no consumo de carne. O impacto de tal mudança nos gases da atmosfera seria fenomenal, e seria um passo enorme para a redução da ameaça terrível do aquecimento global", diz o autor mundialmente famoso John Robbins, patrono da SMV deste ano.
O Director da Aliança Climática Vegetariana (Veg Climate Alliance), Dr. Richard Schwartz, afirma que uma semana vegetariana é mais importante do que nunca já que " é cada vez mais evidente que o mundo está rapidamente a aproximar-se de uma catástrofe sem precedentes devido às mudanças climáticas e outras ameaças ambientais."
"Um relatório de 2006, das Nações Unidas, indicou que a agro-pecuária emite mais gases de efeito de estufa (em equivalentes de CO2) do que todos os carros e meios de transporte do planeta juntos (18% contra 13,5%), afirmou Jens Holm, antigo membro do Parlamento Europeu."
De acordo com o Dr. Rajendra Pachauri, líder do Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática, "18% é um número inferior ao valor real; é uma estimativa baixa e, na realidade, a percentagem é muito mais elevada."
Segundo o Dr. Collin Campbell, professor emérito de Ciências da Nutrição da Universidade de Cornell, "novos números indicam que, pelo menos, 50% dos gases de efeitos de estufa... e talvez consideravelmente mais sejam devidos à produção de gado para abate."
"Haveria muitos mais benefícios devido a uma grande mudança para uma alimentação sem produtos de origem animal", afirmou o médico António Paiva, "incluindo uma redução de doenças cardiovasculares, diversos tipos de cancro, diabetes e outras doenças crónicas e degenerativas, assim como a gripe suína e outras doenças infecciosas que, muito provavelmente, são provenientes da produção intensiva de animais para abate e da indústria da carne."
Muito pode ser feito para nos envolvermos na SVM: palestras sobre o vegetarianismo, workshops, debates, exibição de filmes; encontros com políticos, líderes religiosos, educadores e outros; organizar campanhas de envio de cartas; preparar refeições vegetarianas para amigos e familiares; oferecer prendas vegetarianas ou descontos em produtos vegetarianos; ou, simplesmente distribuir folhetos.
.................................
ESTE TEXTO FOIRECOLHIDO DESSE LOCAL QUE É UMA BÊNÇÃO, CHAMADO CANTINHO VEGETARIANO http://cantinhovegetariano.blogspot.com/
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
O brilho da poesia e a poesia das estrêlas.
Irene, um pilar e uma estrêla motriz.
O presidente da Gebalis, Luís Natal Marques, disponível, solidário e são.
A poesia das estrêlas.
Estela, uma estrêla muito, muito brilhante.
Américo Silva Estrêla Maior e estrelinha.
"Les Stars" Christiane e Collete
Brilho que perdurará, mesmo após o desaparecimento da estrêla.
sábado, 19 de setembro de 2009
Painel de azulejos feito na Áster pelos vizinhos da Urbanização da Gebalis na Ameixoeira.
Depois de termos posto as mãos nos zulejos, estes foram ao forno a 800ºC para a tinta cozer. Depois fez-se a montagem do painel na parede.
Hoje foi inaugurado ao meio-dia. Com a presença dos vizinhos que puderam deixar os seus afazeres por um tempinho.
E após uma pequena introdução da Artista Plástica,Irene Ribeiro para lembrar o processo, os meninos retiraram a cobertura do Painel de Azulejos que ajudaram a fazer e que agora ilustra a entrada do edíficio que é a sua casa.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Feira da Luz.
No Largo da Luz à volta do jardim,
são montadas toldos e e tendas de feira,
carroceis e barracas de farturas,
barracas de artesanato e utilidades.
Feiras anuais como esta que rodeavam Lisboa, têm tendência a desaparecer. A Feira da Charneca do Lumiar que antecedia a Feira da Luz e que comemorava o S. Bartolomeu já acabou. Hoje está reduzida à saída da igreja em procissão, dos andores no Domingo 24 de Agosto, ou seguinte, se 24 não for Domingo. O grande largo triangular que era o Campo das Amoreiras deixou de ser um terreiro e hoje é um espaço ajardinado, ordenado e sem rebeldia.
O país rural que Portugal era até à medula da sua capital, passou a país suburbano. A intelectualidade das grandes cidades, maioritáriamente descendente de emigrantes rurais, tem vergonha da sua origem camponesa. Os pais por omissão prática e por inadequação ao meio não lhe transmitiram a sua cultura ancestral. Ficaram alguns gestos e costumes nos dias de festa maiores como o Natal ou a Páscoa. Em troca foram criadas novas maneiras de estar renunciantes e mesmo destrutivas do passado. A parcimónia do supérfluo do tempo antigo é considerada como sinal de atraso, subdesenvolvimento, e pobreza. A memória tende a confundir a austeridade do meio rural com a privação e a opressão impostas pela da Ditadura. Nos anos 50 os primeiros dinheiros enviados da cidade para a família que ficou da aldeia tinham como destino rebocar exteriormente as casas de granito e de xisto. Rebocadas exteriormente e pintadas, as casas deixavam de se poder confundir com palheiros ou currais e começavam a assemelhar-se às casas da Cidade. Hoje sabe-se que as casas sem rebôco têm índices de inércia térmica e capacidade de acumulação de calor superior ás rebocadas. Sabe-se que os quartos com paredes de tabique e forrados a madeira eram em termos de conservação de energia melhores do que os de outro tipo de material. A renovação do ar nas cozinhas pelas frestas e aberturas intencionais como as destinadas aos gatos, prevenia envenenamentos por monóxido de carbono e por radão nas regiões graníticas.
A mesma falsa modernidade que em tempos desaconselhou o aleitamento materno dos recém-nascidos por troca com o leite em pó de marcas multinacionais, incentivada por alguns médicos permeáveis à assertividade dessas multinacionais, é exactamente a mesma que hoje constrói vias rápidas e auto-estradas para todo o lado desclassificando áreas protegidas do património natural e agrícola para que essas vias cheguem à porta da aldeia de origem de Senhores grados com influência política. Não se pense que este subdesenvolvimento mascarado de modernidade é característico de Portugal. Outros países o praticaram antes de nós e o praticam ainda hoje em grande escala. O nosso atraso só nos pode deixar mais culpados por não termos evitado os erros que outros cometeram e cometem. Falando em
alfinetes, em Inglaterra ainda hoje é proíbido amamentar em público. Porquê não sei. Mas sei que para uma multinacional que venda leite em pó tal lei é muito conveniente. Na Itália, pelo menos na Lombardia, uma mãe não passa o seu nome de família para a filha ou filho. Porquê não sei. Mas sei que o grande pacote de presente que recebemos em 25 de Abril de 1974 torna intolerante este tipo de lei machista. Em Paris nunca vi roupa estendida nas janelas é proíbido. Porquê não sei. Mas sei que lá os edifícios têm um aquecimento central e até uma distribuição de água quente que muita tonelada de dióxido carbono produz, mesmo no Verão. Quando cá proíbirem que se estenda roupa nas janelas ficaremos a parecer tão na vanguarda da moda quanto outros, mas estaremos a desperdiçar o Sol e o perfume que a roupa que esteve a corar tem. Não nos pareceremos mais com países ditos de Terceiro Mundo como Cuba ou Venezuela. Os mesmos que agora tratam os doentes portugueses que para lá são enviados. Os mesmos que para cá enviam os médicos que têm em número para além da sua necessidade. O dinheiro não chega para tudo é certo; e não descobrimos petróleo nas Berlengas ou no Beato. Mas o preço que custou Aquele centro Cultural de Belém (200 milhões de Euros) suportaria hoje a construção de 5 faculdades de medicina e o financiamento das mesmas por seis anos (números da AECOPS-Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas, e das verbas atribuidas para a Universidade da Beira Interior e Universidade do Algarve).
Talvez não valha a pena falar sobre coisas passadas. Falar de decisões que nínguem questiona executadas por Governos recheados de génios tanto da Economia como da Finança e da Educação e da Literatura, a julgar pelos Doutoramentos de honra recebidos!? Génios que por aí continuam a andar e a ser candidatos. Insensatez a minha em querer palpitar o que é melhor para o país, quando os nossos grandes Empresários que tanta riqueza e postos de trabalho criam nas suas Super Mega Giga Jumbo Mercearias dizem querer é formação na área de caixa, reposição, armazém, e distribuição de mercadoria importada... ... ... ... ... ... ... ... ...
Se soubesse não tinha ido à Feira da Luz!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Guarda Sol, Sombrinha - Guarda Chuva, Para-águas.
Diz a lenda que na distante e antiga China, o filho de um Grande Mandarim apaixonou-se por uma modesta camponesa.
A jovem era tão inteligente e bela quanto era pobre. Naquele tempo isso era impedimento para o relacionamento dos apaixonados. O Mandarim que era um homem sábio, não querendo sofrer a revolta do seu filho por impedir o namoro ou até o casamento, decidiu propor um desafio à jovem camponesa. O desafio seria pedir algo impossível de ser feito por uma jovem de condição tão modesta na esperança que o seu filho percebêsse que a sua apaixonada não era digna do seu estatuto. Então disse-lhe: "O meu filho tem uma rara inteligência natural. Desde tenra infância tem estudado com os melhores mestres todos os ramos do conhecimento. No futuro concorrerá com os melhores para ser Mandarim e não tenho dúvida da sua qualidade para chegar ao nível que eu atingi. Para seres merecedora do meu filho e da riqueza que ele te trará, terás de lhe erguer um palácio onde quer que ele vá. Um palácio que o acompanhe na idade e o resguarde dos elementos, com janelas amplas para que ele possa olhar a terra em volta e os astros do céu. Um palácio que o defenda de quem dele se aproximar para lhe fazer mal."
A jovem retirou-se em silêncio perante o sorriso incontido do Mandarim, e o olhar desesperado do seu amado. O caso parecia resolvido, bastava esperar pela próxima lua cheia, pois era esse o fim do prazo dado à jovem camponesa. Os dias e as noites passaram rápido. O dia coincidira com a chegada da Monção. A época do ano em que o Sol quente é obscurecido por nuvens gigantescas que empurradas por ventos fortes desabam em chuva torrencial. Na hora combinada a camponesa compareceu perante o Mandarim, no terreiro em frente ao seu palácio. O vento silvava entre os bambus dobrando as canas mais finas. "-Que tens para me dizer?" Perguntou o Mandarim em voz alta. "-Tenho para vos dizer Senhor que não perdi meu tempo, para que não perdêsseis o Vosso. Assim aqui tenho o que me pedistes!" E a camponesa ergueu um estranho bastão. O vento erguia algumas folhas e palhas sêcas e misturava-as com pequenas baforadas de pó. "Que vem a ser esse feixe de canas rachadas? Acaso perdeste a razão, e zombas de mim??" Gritou o Mandarim tentando fazer ouvir a sua voz sobre o ruído das pingas grossas que começavam a matraquear as telhas do alpendre onde recebia os visitantes. A jovem orientou o bastão na sua frente que era a direcção onde estava o Mandarim e logo dois guardas correram para ela julgando tratar-se de uma arma. O primeiro que se aproximou julgou ter sido atingido por uma maça de guerra e foi derrubado mais pelo susto do que pela pancada. O segundo estacou surpreendido pela queda do camarada e pela transformação do objecto que a jovem erguia em escudo de combate circular e de centro pontiagudo. Num movimento rápido a rapariga ergueu o escudo acima da cabeça. Uma tromba de água começara a caír ensurdecendo todos e ocultando tudo como um nevoeiro cerrado. A intempérie fez desaparecer todos os que se encontravam no terreiro. Todos menos a moça. Assim como vieram, a chuva e o vento pararam e o Sol forte reapareceu. Uma exclamação de admiração soou em coro pelos alpendres onde se abrigava a multidão de colaboradores e familiares do Mandarim. Com andar sereno a moça dirigia-se para o Mandarim sob a sombra daquele escudo que agora se via ser de papel encerado e colado a lâminas de bambu. A chuvada forte que molhara a assistência não atingira a moça. O espanto era geral e fez levantar o Mandarim que por sua vez decidiu aproximar-se para ver melhor aquela espécie de chapéu. A jovem camponesa retorquiu então. "Não zombo de Vós Senhor. Este feixe de canas é uma modesta casa. Em qualquer parte se poderá abrir para o sol, chuva, ou vento frio. No seu abrigo se vislumbra todo horizonte e o céu estrelado. Será bordão nos maus encontros e na longa caminhada. E transformar-se-á num palácio se um Mandarim nele tomar abrigo."
O Mandarim tinha-se aproximado tanto que já estava na sombra do chapéu, agarrou a mão da moça e levou-a ao seu filho. Então disse "-Faço votos para que tu mereças uma mulher tão inteligente." A multidão aplaudiu a decisão do Mandarim, e os jovens logo casaram.
Todos os viajantes que passavam naquela região da China traziam um chapéu daqueles. O filho do Mandarim continuou a estudar mas nunca se candidatou a Mandarim, dedicou-se à manufactura do chapéu que a sua amada esposa inventara. Que interesse podia haver na carreira de Mandarim que era vedada a pessoas tão inteligentes como a sua esposa?
E foi assim, mais coisa menos coisa, que a lenda conta como foi inventada a sombrinha, o guarda-sol, o guarda chuva, e o para águas. O nome foi dado pelos viajantes portugueses que chegaram aquela região da China. Os que o compravam nos dias de Sol para as suas namoradas, ou esposas chamavam-lhes sombrinhas. Se eram para eles e eram maiores chamavam-lhes guarda-sol. Se estava a chover chamavam-lhes chapéu de chuva ou guarda chuva porque os abrigava, os guardava, da chuva. Os chapéus maiores eram os para águas. Daí tantos nomes para descrever um objecto que sendo o mesmo, parece diferente consoante o tamanho e a função em que é utilizado.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Subscrever:
Mensagens (Atom)