sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quem compra o Boião que está a acabar..Olha a Banha da Cobra para melhor untar...Não há mal que não tire, nem bem que não faça, com Banha da Cobra todo mal passa!

Então fazemos assim, se o nosso vendedor não conseguir vender nada, nós vamos e colocamos o Emproado a pedir três boiões logo na fila da frente, pomos a Velha a dizer que quer quatro, o Ranhoso de Bigode diz que leva só uma Latinha porque não há dinheiro para mais, a Velha Bêbada diz que não gosta nada de banha, nem de cobra mas mesmo assim quer dois boiões. O Cara-Linda diz que é tão boa aquela banha que quer cinco. A Beata pede três. O Mata-Ratos quer dois...
Enfim o que é preciso é que o nosso vendedor que não vendeu nada pareça que vendeu tudo e que a Nossa Banha Da Cobra Coelha é melhor que a Banha da Cobra Duas Línguas!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mário de Sá-Carneiro

A lágrima por brotar.

"Por lá foram o Mário aos 26,


O Cristovam aos 35,

O Fernando aos 47...

Proíbiste-me de chorar,

de murmurar até um soluço...porquê?

...

Sabes?

Quem cedo brinca

com a dor

nela se acoita

e rápido adormece;

de olhos molhados."

terça-feira, 17 de maio de 2011

FMI e Europa lucram 2444 milhões com o resgate ao País - LUÍS REIS RIBEIRO - Diário Notícias

Título: FMI e Europa lucram 2444 milhões com o resgate ao País Data: 17-05-2011

Fonte: Diário Notícias Página(s): 6
Autor: LUÍS REIS RIBEIRO C/ Foto
Cor
FMI e Europa lucram 2444 milhões com o resgate ao País

Taxa. Ministro das Finanças diz que, com as condições actuais, País pagará juro médio de 5,1 % pelo empréstimo. Dá 3980 milhões de euros em juros. E tendência é para subir

LUÍS REIS RIBEIRO



A União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) deverão significar uma factura de quase quatro mil milhões de euros em juros com o resgate a Portugal, mais do que o Estado gasta por ano em investimento público. A margem de lucro, isto é, descontando o custo dos credores no acesso ao dinheiro, rondará os 2444 milhões de euros.



Ontem, ao final da noite em Bruxelas, à saída da reunião do Eurogrupo que aprovou os termos do resgate português, o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, deixou implícito o valor da factura em juros e avisou ainda que "não há condições" para que o País tente rever as condições financeiras do empréstimo.



Teixeira dos Santos avançou também que a primeira tranche do bolo dos 78 mil milhões de euros vai chegar no final deste mês, início do próximo (ver texto em baixo) e que "se fizermos as contas", à luz das condições de mercado actualmente vigentes, Portugal pagará uma taxa de juro em redor de 5,l% pelos empréstimos. É melhor do que o custo médio suportado pela Irlanda (5,7%), mas em linha com os 5,2% inicialmente cobrados à Grécia. Valor que está a ser renegociado pois este país não está a aguentar a pressão financeira e económica.



Os créditos a Portugal terão uma maturidade média de 7,5 anos. O pacote irá ser disponibilizado em três parcelas iguais de 26 mil milhões. Uma do FMI, outra do fundo europeu (Zona Euro) e outra do mecanismo europeu (União Europeia).



Em declarações aos jornalistas, emitidas através do site da Comissão Europeia, o ministro lançou ainda um sério aviso: "não vejo pela discussão havida [no Eurogrupo] que haja espaço para que sejam revistas essas condições" em matéria de taxa de juro a suportar pelos contribuintes e de prazo de pagamento dos empréstimos. E mais: "ninguém está em condições de prever qual será a evolução das taxas de juro nos próximos 7,5 anos".



Recorde-se que estas taxas de juro de mercado - que não são mais do que o custo de financiamento de base da União Europeia, Zona Euro e FMI em nome de Portugal estãoa subir e que o Banco Central Europeu (BCE) também já iniciou uma trajectória ascendente nuas taxas directoras, depois de vários anos em mínimos.



De acordo com cálculos do DN, os portugueses vão desembolsar, no mínimo, 3978 milhões de euros em juros, aplicando a taxa de 5,1%. Dois terços (2652 mil milhões) cabem à parte europeia, o resto (1326 milhões) são os juros do lado do FMI.



No conjunto, Portugal pagará mais em juros do que o valor total dedicado a investimento público previsto para este ano (rondará 3.807milhões, segundo o INE).



Mas é possível antecipar já qual pode ser o lucro destes credores: a parte europeia arrecadará, a preços actuais, cerca de 1872 milhões de euros ou mais, o FMI ganhará no mínimo 572 milhões de euros de margem. No caso europeu, esse lucro resulta da diferença entre a taxa final (que rondará os 5,7%) e a taxa de mercado (Euribor a um ano, que ontem valia 2,15%). No caso do FMI, a margem surge da diferença entre as taxas finais (3,25% ou 4,25%) e a taxa de base, avaliada por Antonio Garcia Pascual, do Barclays Capital, em cerca de 1,55% ao ano.



Assim, o resgate dos 78 mil milhões reverterá para os cofres dos credores qualquer coisa como 2444 milhões de euros. E muito mais do que isso em medidas de austeridade destinadas a conter salários, reduzir apoios sociais e aumentar impostos.



Ontem, o Eurogrupo - o conselho informal de ministros das Finanças da Zona Euro - reuniu-se em Bruxelas para fechar os termos do plano de ajustamento financeiro e económico português. Durante a tarde, fizeram uma curta declaração na qual anunciaram a aprovação do pacote dos 78 mil milhões por "unanimidade". Os líderes europeus reiteraram os objectivos da "ajuda", o facto de ter havido consenso e de Portugal ter agora, depois da visita da troika, um plano "ambicioso" e que "salvaguarda os grupos mais vulneráveis na sociedade".O encontro também serviu para discutir a situação da Grécia, que estará a tentar suavizar o calendário de pagamento do empréstimo e obter novas linhas de crédito. Teixeira dos Santos foi claro: mantém-se tudo como previsto, excepto que o país terá de tomar "medidas adicionais" de austeridade.

AMADEU MAGALHÃES - COMO MOZART SEU NOME PRÓPRIO É AMADEU, SEU APELIDO MAGALHÃES COMO O HOMEM QUE COMANDOU A PRIMEIRA EXPEDIÇÃO QUE DEU A VOLTA AO MUNDO; COMO BACH TOCA PARA O REGOZIJO DE DEUS. SEU INSTRUMENTO CHAMADO CAVAQUINHO TAMBÉM DEU A VOLTA AO MUNDO E PARA OUTROS SE CHAMA UKELELE.

DSK- Não tenho culpa de gostar de mulheres!

Os franceses têm várias particularidades, uma delas é de transformar em acrónimo os nomes de uma pessoa como se de uma Marca fosse. Alguns nomes são mesmo Marcas como o YSL com as letras em sobreposição ou como os dois CC em anel, em que um C é a imagem inversa do outro, outros como BB ou DSK são reservados aqueles que eles amam, ou pelo menos aqueles com quem têm uma relação de amor ódio, o que não será de estranhar num país onde ainda tantos defendem a denominação de origem o terroir em vez da marca.


DSK é uma pessoa sensível e consciente, no momento em que dizem que os factos aconteceram ele sabia perfeitamente que estava nos EUA. Numa sociedade que é iconoclasta, em que marcas nascem e são destruídas com grande velocidade e intensidade e em que o poder de Deus é invocado na própria moeda. Poder que fala em todo o direito acima de tudo o que é terroir. Não há denominação de origem que tenha poder que suplante o poder do dinheiro, divino em si, por definição. Num país assim, ao contrário da Europa, não há Senhores ou pelo menos não são considerados Senhores pessoas da dimensão de DSK.

Se DSK estivesse em Cuba não me admirava que ele pudesse fazer aquilo que o acusam de ter feito nos EUA, sensível como é talvez se sentisse chocado pelo facto das prostitutas terem curso superior.
Almas sensíveis que conheço e que aqui iam às putas com a instrução primária por concluir, sofreram o choque da sua vida quando foram às putas em Cuba e elas tinham licenciaturas variadas inclusivamente em medicina. DSK não difere dos calhordas que eu conheço dado que um dia descreveu o seu pequeno problema de carácter, o assédio às suas subordinadas, como sendo uma particularidade de todo o homem que é macho e gosta de mulheres. Por isso, mesmo que o curso superior fosse chocante numa arrumadeira de hotel, a sua função laboral não lhe imporia qualquer respeito e antes pelo contrário o calhorda veria nela um animal para seu serviço como antes os senhores brancos viam as suas escravas e as tomavam para seu alívio sexual.

Mas DSK sendo um canalha não chegou aonde chegou por ser estúpido ou desleixado, e por isso acho que lhe montaram uma cilada.
Que presente melhor poderia o amigo americano dar a Sarkosy depois de ele ter apoiado os bombardeamentos sobre o seu tão chegado sócio Kadafi?! Sarkosy fica sem oponente de monta contra quem lutar pela reeleição para a presidência francesa e ao mesmo tempo os altos funcionários que por aí andam receberam aviso sobre a sua fragilidade e sobre o que lhes pode acontecer a eles ou aos seus se deixarem de prestar vassalagem a quem realmente nanda neles.

É O POVO PARVO

(onde se lê: É o povo parvo deve ler-se: É o povo, pá!)

Há agora aí um grupo de rapaziada auto-intitulado: É o povo, pá!

O nome saiu de uma piada, parecem seguir a senda contestatária dos Homens da Luta.
Estes na melhor tradição da militância clandestina agem pela calada da noite e escondem os rostos; não com um barrete passa montanhas; chamam-lhe agora máscara de esqui; não com um gorro, um cachecol, um lenço, uns óculos e muito menos com uma meia de nylon enfiada na cabeça. Não; eles usam umas máscaras muito distintas tipo Carnaval de Veneza que costumam ser exibidas nos programas decentes de televisão que mostram pessoas com identidade a resguardar dos maus que estão entre o público telespectador que somos nós.

Os rapazes deste grupo estão desempregados por isso a sua acção nocturna nada tem a ver com a militância generosa que levava os militantes partidários que trabalhavam durante o dia a só poderem colar cartazes à noite retirando tempo ao que deviam reservar para a família e para o seu descanso.

A rapaziada lá apareceu a colar os ditos cartazes de uma forma muito civilizada sem usar aquelas pegajosidades viscosas com aspecto de regurgitação de infante em período de aleitação. Não; eles usaram fita-cola.

Pensei para comigo que nunca vira coisa tão civicamente elevada como esta a não ser no País Basco onde os cartazes eram colados dessa maneira e as faixas de pano a envolver locais do património histórico eram atados com laçadas simples de frágeis cordéis.

Será que estes portugueses são como os activistas Bascos? Se forem o povo estará do seu lado e não retirará os cartazes, a polícia fará de conta que não percebe ou por tolerar aquele escape verbal que evita a violência ou por medo de potenciar a violência.

Mas não; os cartazes foram logo arrancados não pelo povo, não pela polícia mas por uns funcionários ou colaboradores dos Centros de Emprego à porta dos quais tinham sido colados.

Mas esta rapaziada é moderna e ciente das novas tecnologias e métodos de marketing, alguns até serão especialistas licenciados nessa área de conhecimento e propaganda.

Assim chamaram as televisões e os jornalistas para as suas manifestações de afirmação política. Não sei como o conseguiram. Eu bem sei em quantas manifestações de milhares de pessoas participei sem que as TV’s aparecessem; quantos encontros de trabalhadores e quantas convocatórias feitas para conferências de imprensa sem que um só jornalista aparecesse. Eles conseguiram, e para dizer o quê?

NÃO QUEREMOS SUBSÍDIO, QUEREMOS EMPREGOS.

Perfeito! Como emprego não há e isso já sabem, ainda bem que também não querem subsídio, o PS o PSD TROIKA & CIA. Agradecem. Será por ser pequeno que eles o não querem?

Um escritor da moda e do top, deu a cara pelo movimento; não, não apareceu a colar cartazes de cara destapada, apareceu para dizer qualquer coisa do género:

-Não ficar pela depressão e passar a acção.

E as TV’s mostraram a acção que vos relatei!

Não é momento para neutralidades.

Não percebi de que neutralidade falava, talvez da dele. Quanto à frase do cartaz que colaram em tão clandestina acção não era de certeza. Ou seria?

Lembrei-me que foi por ouvir declarações como esta e piores, que nunca li nenhum livro do tal escritor.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Pçor do Amaral.

O Pçor do Amaral veio dizer que as medidas da troika e o dinheiro que vai ser emprestado são uma espécie de ácido acetilsalisílico (*) para quem tem gripe. Disse que nós temos de ultrapassar outros países, por exemplo disse que nas Indústrias do Mar facilmente poderíamos ultrapassar a Áustria…


A Áustria Pçor?


Bem sei que a Suíça tem Marinha de Guerra e que nós temos pistas de gelo nos Mega Hiper Centros Comerciais mas e porque não ultrapassar também outros países de enorme tradição marítima além da Áustria e da Suiça também a Hungria e a Républica Checa e a Eslováquia.


Ignorância minha claro que nada sei do que são Industrias do Mar.


Será que ele estava a brincar? É isso, o Pçor Amaral é um pândego que de tão bufão se torna pícaro. Bem que ele fez um partido de Direita que já deu a Portugal um Ministro do Mar que ao ser nomeado para tal Ministério ficou tão incrédulo e tão contente que levou seu cargo a peito e a fundo; tão ao fundo que ensandeceu e deu em comprar submarinos. Submarinos e outros brinquedos de guerra caros; caros na linguagem dos amigos americanos que lhe ofereceram uma medalha, e uma bolsa de estudo numa Universidade Americana na qual poderia depois dar aulas. Assim como já foi feito com o Dr. Coelho.


Por outro lado o senhor Pçor do Amaral percebe muito das coisas do Mar ou não vivesse ele em Cascais; em Cascais onde o Rei da Espanha aprendeu a andar à vela, e o Pçor do Amaral vive em Cascais mas não é num sítio qualquer, é em Cascais na Quinta da Marinha, numa propriedadezinha oferecida pelo Sr. Champáli Maúde esse grande timoneiro, patrão de Mar e de Industria.
O que ele não percebe nada é de avionetas, nomeadamente avionetas que caiem. Até lhe deram uma cadeira dourada à conta disso. Ora fique aqui sentadinho e esteja à sua vontade nesta cadeirinha. Quem não se mete onde não é chamado é sempre recompensado. Disseram-lhe nessa altura, e agora o que lhe terão dito?
Que eles querem o ouro nós já sabemos.



 (*)Ácido acetilsalicílico: É aquele comprimido com outro nome que se toma para a dor de cabeça e que na tropa serve para curar tudo e que pertence a uma marca alemã sacana e famosa desde o tempo do Hitler que apesar de mudar de nome não mudou de procedimento e despeja lixo tóxico nos rios aproveitando o acidente que outros tiveram derramando esses outros lixo mas em menor quantidade e toxicidade e aproveita para envenenar hemofílicos em todo o mundo incluindo Portugal uma vez que não podia vender na Alemanha um produto infectado com o vírus da SIDA e tinha sido descoberto isso mas estavam muitos milhões de prejuízo em jogo se deitassem esse produto medicamentoso fora e preferiram matar inocentes hemofílicos pensando que isso nunca seria descoberto.

Ó PRIMÃA, JÁ VIU QUE NOS PAÍSES RIQUES E CAPITALISTÃAS ATÉ OS POBRES SÃO GORDES?!






Ê sê cá em quê vetar!...  Nh'ámigãa tou como as alemoãs,
assi comá si vetava en ambes es dois.
Nã sã nada de dêtar fora dé!
Bên parcides os dôs marafades.
Tábên que nan sou secialistãa.  Ê sou liberal, goste é da menarquia nórdicãa e dos maricanes onde todes sã riques. Ê goste é dos riques, dos capitalistãas...
Ó primãa, já viu que nos países riques e capitalistãas até os pobres são gordes?!




sábado, 14 de maio de 2011

O avô cantigas tem pintelhos na boca.

Se há coisa que o povo não tolera é enganar-se, ou ser enganado, e cair no ridículo de fazer a vénia ao bobo pensando que a está a fazer ao rei.

Foi o que aconteceu com a peripécia do apodado avô cantigas antigo ministro das finanças do Sr. Silva. Este mago financeiro recebeu tal apodo, precisamente por dizer que fazia e acontecia o que não fez nem aconteceu. A medida mais famosa que ele tomou e hoje já poucos lembram, foi a de penhorar um sanitário a um clube de futebol do norte.

Quanto ao génio na gestão financeira, convém lembrar que nessa altura entravam em Portugal 1 milhão de contos de remessa dos emigrantes; mais 1 milhão de contos de ajuda europeia. Muito desta ajuda, na altura dita a fundo perdido, estamos a pagá-la agora. Essa ajuda destinou-se a acabar com o alto-forno em Portugal, leia-se siderurgia, (ouvi isto da boca do Sr. Champalimaud; lê-se champálimô e não champáli-maúde para não parecer linguagem sarraceno indiana). Essa ajuda,dizia eu, foi para acabar com a indústria vidreira, com a metalomecânica pesada, metalomecânica de precisão, construção naval, e tudo oque fôsse indústria exportadora, sem falar no sector primário: agricultura, pescas, extracção mineira. Foram os tempos da erosão de recursos: arrancar pomares, montado, olival, vinha… a troco de tostões plantar eucaliptos que comem os solos secam a água e destroem a biodiversidade. Num eucaliptal reina sempre o silêncio da morte; não há insectos, não há pássaros e como não estamos na Austrália também não há marsupiais e os únicos mamíferos são os serradores.

Ora este avô cantigas, não confundir com o avô cantigas original que faz música para crianças; andava a ser promovido a Professor. Professor desses que são patrocinados pela publicidade televisiva e que vendem ideias como antes se vendia banha da cobra. As ideias desses professores, não fazem bem, nem mal, como a banha da cobra, mas quem neles acredita sente-se melhor como se sentem melhor os que acreditam nos poderes curativos da banha da cobra.

Ora o avô cantigas quando estava no auge da sua transformação televisiva em professor; no português televisivo oral diz-se pçôr decide ao vivo em directo pôr pintelhos na boca, uns ouviram pintelhos, outros ouviram pentelhos. É sabido que o ouvido de cada um tem a ver com a sua cultura e que cada um ouve o que a sua cultura lhe permite ouvir. Um rei ouviria da boca do pçôr que ele disse lana caprina mas eu que não sou rei e muitas vezes passo por bobo ouvi distintamente pintelhos. Eu e o povo. Afinal o pçor essa figura que sempre nos é apresentada como sendo augusta e de estatura elevada, pelo menos sempre maior que a nossa, não passa de um Eduardinho.

E assim se foi; de férias e para parte incerta, o promitente pçôr o tão auspicioso ministro. Dizem que foi a banhos para Abrantes. Que passe bem; e por lá coma muita palha que é gulodice indicada para criatura da sua qualidade.

terça-feira, 10 de maio de 2011

ENVIARAM-ME ESTE TEXTO QUE APROVEITO PARA DIVULGAR, É CASO PARA DIZER NO DIA 5 DE JUNHO O POVO PODERÁ VOTAR A FAVOR OU CONTRA O 25 DE ABRIL. SE VOTAREM NOS MESMOS QUE LÁ ESTÃO E ESTIVERAM ANTES, PERDERÃO O QUE LHES RESTA DO QUE ESSE DIA LHES POSSIBILITOU GANHAR. VEJAM POIS O PROGRAMA QUE ESTÁ PROMETIDO:

Programa de Agressão sem precedentes ao povo e ao país.

Desmentindo a operação montada por PS, PSD e CDS, as medidas previstas são a maior agressão aos direitos do povo e aos interesses do país desde os tempos do fascismo. Trata-se de um programa ilegítimo de intervenção externa, construído para favorecer os grupos económicos e financeiros nacionais e estrangeiros, que aprofunda e desenvolve tudo o que foi rejeitado no PEC IV. Um ataque sem precedentes à soberania e independência, só possível pelo papel de abdicação dos interesses nacionais que PS, PSD e CDS estão a assumir.

Uma intervenção que, a concretizar-se, contribuiria para o agravamento da recessão económica, do desemprego e da pobreza – decorrente da quebra no investimento público, da redução dos salários e das pensões, do ataque às pequenas empresas – bem como para o agravamento da dependência externa. Uma intervenção e uma ingerência que o povo português não pode aceitar e que agravaria, a ser aplicada, todos os problemas nacionais, incluindo as condições para o pagamento da dívida externa.

Eis uma síntese de algumas das muitas medidas previstas.

Agravamento da exploração

- Facilitação e embaratecimento dos despedimentos, reduzindo a indemnização paga pelo patronato de 30 para 10 dias (por ano de trabalho) e alargando as possibilidades de despedimento por “justa causa”;


- Redução da duração máxima do subsídio de desemprego para um máximo de 18 meses e limitação do seu montante a 2,5 IAS, com redução sistemática do seu valor após seis meses;


- Flexibilização do horário de trabalho por via do “banco de horas”, redução do valor pago pelas horas extraordinárias;


- Ataque à contratação colectiva e ao papel dos sindicatos na negociação


Ataque aos rendimentos de trabalhadores e reformados


- Congelamento do salário mínimo nacional e desvalorização geral dos salários por via da alteração da legislação de trabalho e do subsídio de desemprego;


- Diminuição real de todas as pensões e reformas durante três anos, incluindo as pensões mínimas, e corte das de valor superior a 1500 euros;


- Aumento do IVA, designadamente nas taxas de bens e serviços essenciais, e de outros impostos indirectos;


- Aumento do IRS por via da redução/eliminação de deduções ficais (saúde, educação, habitação), incluindo o agravamento da tributação das reformas e pensões e introdução do pagamento de imposto sobre rendimentos de apoios sociais;


- Eliminação das isenções de IMI nos primeiros anos após a compra da casa, a par do aumento dos valores matriciais de referência e das taxas aplicadas;


- Aumento dos preços de energia eléctrica e do gás, por via da sua liberalização e do agravamento do IVA;


- Aumento do valor das rendas e facilitação dos despejos;


- Continuação dos cortes nas prestações sociais;


- Agravamento significativo das taxas moderadoras, diminuição das comparticipações dos medicamentos;


Ataque aos trabalhadores e às funções do Estado


- Cortes significativos na saúde, educação, justiça, administração local e regional;


- Encerramento e concentração de serviços (hospitais, centros de saúde, escolas, tribunais, finanças e outros serviços da administração central e regional);


- Congelamento durante três anos dos salários dos trabalhadores da administração pública; redução de dezenas de milhares de postos de trabalho na administração pública;


- Eliminação de freguesias e municípios em número significativo, afastando vastas zonas do território e largas camadas da população de serviços essenciais;


Privatizações

- Privatizações – aceleração da entrega de empresas e participações estratégicas ao capital privado;


- Já em 2011 privatização da participação do Estado na EDP, da REN e da TAP;


- Alienação dos direitos especiais do Estado (“golden shares”) em empresas estratégicas como a PT;


- Privatização da Caixa Geral de Depósitos no seu ramo segurador (mais de 30% da actividade financeira do grupo), bem como de outros sectores de actividade, designadamente no estrangeiro;


- Extensão do processo de privatizações às empresas municipais e regionais;


- Ofensiva contra o sector público de transportes de passageiros e mercadorias, designadamente com a privatização da ANA, CP Carga, Linhas ferroviárias suburbanas, gestão portuária, etc.;


- Venda generalizada de património público;


- Transferência para o sector privado, por via do encerramento e degradação de serviços públicos, de vastas áreas de intervenção até aqui asseguradas pelo Estado;


Mais apoios à banca e grupos económicos


- Banca e grupos económicos isentos de qualquer medida de penalização;


- Transferências de 12 mil milhões de euros para a banca, acrescida de garantias estatais no valor de 35 mil milhões de euros;


- Consumação da assunção pelo Estado dos prejuízos da gestão fraudulenta do BPN, através da sua privatização até Julho de 2011, sem preço mínimo e liberta de qualquer ónus para o comprador.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

MARIA DA CONCEIÇÃO cantando MENTIRA. O fado aqui adquire a dimensão rítmica de um bolero, outro fado de MARIA DA CONCEIÇÃO chamado MÃE PRETA, originalmente não era um fado e foi cantado só com o batimento de uma percussão simples, a versão mais conhecida toma o nome de Barco Negro uma vez que a censura não tolerou o que era dito na poesia de Mãe Preta.

MATAM-ME SE NÃO TRABALHO E SE TRABALHO MATAM-ME.

FUI À FEIRA DOS LIVROS

Fui à feira dos livros.


Antigamente havia a feira do livro. Nesse tempo o livro era uma espécie de objecto de veneração digno de culto. Nesse tempo as pessoas não compravam livros; eram caros e só por deformação profissional alguém poderia ter em casa livros que já tivesse lido, alguém assim como um advogado ou um médico ou um professor.

Depois veio o tempo em que toda a gente podia falar de tudo, ter opinião sobre o que quer que fosse, e nessa altura muito se lia e se ouvia dos outros sobre o que tinham lido. Tanto se lia só por ser proibido que não se percebia, no que se lia, porque tinha sido proibido.

Nesse tempo os livros entraram na moda e na moda da decoração doméstica. Vendiam-se livros a metro, encadernados em imitação de pele com letras douradas, na lombada em azul, vermelho castanho, preto, pérola… Não havia novo-rico que não tivesse enciclopédia nem remediado que não sonhasse com ela. Até os operários tinham livros e coleccionavam; lado a lado Lenine e Ágata Christie, O Kamasutra e O Tesouro das Cozinheiras…

Isto durou mais ou menos até aos anos 90 quando um poeto-escritor e tradutor da nossa praça; muito ligado ao Senhor Silva, à direita e a cigarrilhas, charutos e outras coisas mal cheirosas, disse ter tantas toneladas de livros. O efeito desmoralizador foi notório no povo leitor que acumulava livros. Contas feitas, poucos seriam os que ao fim de uma vida longa teriam aquelas toneladas de livros para que elas por eles falassem, às gerações da sua descendência.

Esse tempo foi-se, a feira do livro passou a ser a feira dos livros. Agora a feira é muito mais feira: farturas, comes e bebes, ginjinha de Óbidos, café Toffa, gelados Olá, Pita Shoarma e espaços para sentar e autografar livros, para ouvir palestras, ver filmes; para as crianças terem “actividades”. As antigas barracas metálicas formais e conformadas agora assumiram a imagem do grupo editorial, no caso dos editores e livreiros que venderam o negócio ou passaram a estar debaixo do mesmo jugo da marca editorial.

A julgar pelo número médio de livros que diariamente se editam em Portugal - 55 por dia - o negócio dos livros só pode dar dinheiro. Não sei como dá dinheiro mas quando se vê um empresário pomposo e pedante que diz não gostar de livros nem gostar de ler, investir os cabedais a comprar editoras e com elas criar um mega grupo editorial, é porque ganha dinheiro.

Também há o caso de um banqueiro pré-reformado, expulso pelos seus cinzentos pares de um famoso banco, envolto em polémica e nevoeiro que com a sua indemnização milhionária, e a sua obscena reforma milionária decidiu investir numa editora. Neste caso o soturno Senhor diz adorar o objecto livro. Talvez por ser monárquico diz também adorar uma célebre escritora do norte que escreve uns livros barbudos sobre a corte do norte e outros a norte instalados. Ora um banqueiro nunca perde dinheiro, pelo menos o seu dinheiro.





Visitava eu a feira dos livros quando empilhado no fundo de uma prateleira, com a lombada de pernas para o ar; encontrei este livro magnífico. Resgatei-o do seu exílio. Desconfiado, ou paranóico, conjecturando na teoria da conspiração, não fosse o título uma afronta à imagem do grupo editorial onde a editora agora se insere, perguntei a um dos empregados, agora chamam-lhes colaboradores, porque estava aquele livro e toda a colecção de que ele faz parte escondidos no fundo de uma prateleira junto ao chão no canto daquele pavilhão. O colaborador disse-me que não, que era ideia minha, que se viam bem, que calhou aquele ter a lombada ao contrário, que não se viam as capas mas que nas estantes das livrarias também não…
Já sei porque lhes chamam colaboradores, é que um funcionário livreiro pedir-me-ia desculpa pela forma como estava exposto o livro; um bom empregado livreiro arranjaria forma de expor melhor os livros e um bom empregado livreiro que fosse trabalhador, aceitaria a minha sugestão, exporia algumas capas ordenaria as lombadas de novo.
Os livros estão muito caros. Mas não foi o caso deste.
Mesmo que fosse caro o seu preço não pagaria o quão precioso ele é por aquilo que revela.
O nosso Mundo, todo o nosso Ecossistema e os Povos que dele fazem parte estão à mercê de gente sem escrúpulos, cega pelo lucro e pelo poder. O FMI, o Banco Mundial, os Amigos Anglo Americanos, mas também muitos outros actores menos suspeitos como a ONU, estão por trás de guerras e genocídios, miséria e fome, desastres ambientais e crimes de toda a espécie.
"VEMOS OUVIMOS E LEMOS NÃO PODEMOS IGNORAR"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

GERONIMO E KIA - Bin Laden Enemy Killed in Action

Sinto-me muito mais seguro agora que mataram o Gerónimo, quero dizer o Bin Laden.
 Afinal os métodos de interrogatório vigoroso em Guantanamo, (uns mal intensionados chamaram-lhe tortura) justificaram-se, pois sem eles não teria sido obtida a confissão que possibilitou identificar uma viatura suspeita, conduzida por um acólito do tal Bin Laden, numa rua obscura de uma determinada vizinhança no Paquistão e assim descobrir onde ele Bin, tinha o seu covil.
Assim já o General de Tal que manda no Afeganistão pode ir para Chefe da CIA para que o Senhor de Tal Chefe da Cia possa ir para Ministro da Defesa. Lá na terra chamam Secretário em vez de ministro, está bem de ver que são coisas da etimologia, o ministro é um servo enquanto o secretário está sentado na cadeira e se há coisa que simboliza a nossa/deles civilização esse objecto é a cadeira, o trono. Qualquer que seja o dono da cadeira o chairman, é dele o poder a última palavra.
 Mas dizia eu que assim o General já pode ir para a Inteligência e o Chefe da Inteligência já a pode abandonar para ir para a cadeira da Defesa orgulhosos por ser no momento exacto do sucesso de ambos.
Os cidadãos americanos que fornecem a carne para canhão, aproximadamente dois terços da população, que estavam contra a permanência de tropas no Afeganistão estão agora suficientemente contentes, tal como eu mais seguros, e receptivos para que as tropas se mantenham para acabar com a ninhada, ou que regressem para que a NATO os possa substituir afinal é preciso que tudo mude para que tudo fique na mesma.
Entretanto Obama que muitos já chamavam de Obama-banana, passou a ser um génio militar, um corajoso e decidido Comandante-em-Chefe, Imperator Supremo com determinação e sangue frio bastante para merecer a Cadeira na reeleição de 2012.
Até lá por todo o mundo maometano o povo recalcado vai sendo instrumentalizado para morrer enquanto outros em seu nome tomarão o poder. Os tiranos amigos de ontem serão substituídos por tiranos a comprar amanhã. Endeusados em seus tronos, será contra esses tiranos e seus povos que a seu tempo o mundo ocidental batalhará pela Liberdade e Democracia.
 A Liberdade do consumo, a Democracia do Hipermercado, da gasosa castanha e do bife de carne moída. Ambas serão levadas até às profundezas da Rússia, aos confins da China e aos mais remotos ilhéus da Indonésia impondo-se triunfantes sobre os Sarracenos.
Parando a minha divagação e voltando à vaca fria; os americanos dos Estados Unidos mataram um inimigo; pode-se compreender, mas porque raio haveriam de trazer o corpo quente do morto Bin Laden?
E depois porque o despejaram sobre o mar?
Se fossem as cinzas, até pareceria ser uma acção piedosa e mística, mas um corpo morto, embrulhado (em plástico), à maneira dos marinheiros da época em que não havia câmaras frigoríficas?!
Se queriam atirar o corpo fora porque o embrulharam em plástico? Já há tanta coisa a poluir o mar.


Uma palavra chamou-me a atenção. Essa palavra foi comum na boca de Obama e na de Bin Laden.
 Parece-me mesmo que é comum a todos os fundamentalistas sejam eles maometanos ou cristãos.
Uns e outros antes, durante e após a matança invocam DEUS, pergunto-me porquê.