quinta-feira, 21 de setembro de 2023
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
A minha Mãe faleceu hoje de madrugada aos 88 anos. Fica a fotografia de dias melhores no tempo das Cerejas perto de Resende com o Douro em baixo. Comprámos cerejas à beira da estrada em vários sítios. Eram todas de variedades diferentes e deliciosas. Levámos cerejas para oferecer a todos os vizinhos da aldeia, Esse género de gentileza mesmo nas pequenas coisas deixavam a minha mãe feliz. Agradeço Mãe tudo o que me ensináste e aquilo que não fui capaz de aprender.
segunda-feira, 11 de setembro de 2023
domingo, 10 de setembro de 2023
sexta-feira, 8 de setembro de 2023
quinta-feira, 7 de setembro de 2023
domingo, 3 de setembro de 2023
sábado, 2 de setembro de 2023
terça-feira, 29 de agosto de 2023
Água numa terra árida.
segunda-feira, 28 de agosto de 2023
domingo, 27 de agosto de 2023
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
quarta-feira, 23 de agosto de 2023
sábado, 19 de agosto de 2023
Ao Haroldo de Campos
Como se
fôsse possível ele disto saber ou ter alguma curiosidade.
Doíam-lhe as pontas dos dentes,
uma nevralgia comum
nos que combatem o escorbuto
comendo limões à dentada.
-A piorreia vai-lhe levar os dentes-
Disse-lhe a periodontologista
Numa das raras aparições
em que não entregara a consulta à higienista
para passar no ginásio de “fitness”,
ou fornicar com o amante
-Falta de limpeza! O sr. não lava os dentes?
-(…)
-Pelo menos não os lava como deve ser!
-(…)
O senhor fuma?
-(…)
-Tanto tártaro… Pedra; sabe!
-(…)
-Mas afinal o que é que andou a comer?...
-(…)
-Bebe muito chá?
- (…)
Curcuma! Dir-lhe-ía
se possível fôsse responder,
boca escancarada;
de um lado a fresa pneumática,
de outro a cânula de aspiração de líquido.
A estrutura do poder é essa
Provocar a ansiedade. Julgar.
Causar o sofrimento.
A sugestão da dor
pela sensibilidade antecipada da dor.
Implantar uma raiz de mêdo.
Deixar uma marca indelével:
Uma cruz numa porta
que se receou apagar
ou uma estrêla que se cose na veste
com a côr amarela
com que a açafroa tinge o aço.
Desistiu das consultas de periodontologia
quando uma dor violenta
o levou de urgência a um dentista.
Após radiografias
e dois pareceres médicos independentes
o estomatologista extraiu-lhe 4 dentes sem cáries
que tinham ganho quistos nas raízes.
Decidiu nesse momento inconsciente
morrer desdentado, velho,
contra a opinião das amigas
que lhe palpavam o “look”.
Um sibilar novo alterara-lhe a loquacidade,
devido a falta dos incisivos 42,41,31 e 32.
Passou assim a expressar melhor
a fundamentação do desprezo
pela ignorância dos deuses médicos
dessa outra especialidade clínica.
quarta-feira, 16 de agosto de 2023
terça-feira, 15 de agosto de 2023
sábado, 12 de agosto de 2023
sexta-feira, 11 de agosto de 2023
quinta-feira, 10 de agosto de 2023
quarta-feira, 9 de agosto de 2023
terça-feira, 8 de agosto de 2023
sábado, 5 de agosto de 2023
sexta-feira, 4 de agosto de 2023
quinta-feira, 3 de agosto de 2023
sábado, 29 de julho de 2023
quarta-feira, 26 de julho de 2023
segunda-feira, 24 de julho de 2023
domingo, 23 de julho de 2023
sábado, 22 de julho de 2023
sexta-feira, 21 de julho de 2023
Resposta a Justine
Era um Programa de Rádio chamado “Café Concerto” feito por Maria José Mauperrin e Aníbal Cabrita. Passava entre as dez e a meia noite. O tema era Céline e também o “Viagem ao fim da Noite”. Vários entrevistados passaram nessa semana.
Lembro
António Lobo Antunes que escreveu uma carta à qual Céline respondeu.
Lembro Jorge
Listopad que procurou o Dr. Destouches como médico numa emergência domiciliária
para as suas filhas gémeas ainda pequenas e febris, mas sem sucesso, devido à
recusa de Céline em deixar os seus cães para atender as meninas de Jorge
Listopad.
Nessa altura o amigo de um amigo que estava na Suiça tinha começado a ler Céline e o deslumbramento era grande.
A Ulisseia tinha editado a 2ª edição da tradução de Aníbal
Fernandes.
Comprei o “Viagem
ao Fim da Noite” em Lisboa, numa livraria que ficava no Largo da Trindade e que
também era alfarrabista, foi caro custou-me 600 escudos. Eram 18 horas e tinha
começado a pingar. Desci até ao Cais do Sodré e fui apanhar o autocarro nº 1
que fazia o percurso Cais do Sodré-Charneca. Eu morava em Camarate ali junto à
Charneca do Lumiar.
Cheguei a casa com a chuva contínua e algo intensa. Comecei a ler e não consegui parar até que chegou a manhã. Choveu sem parar toda a noite. A luz do dia trouxe o anúncio de cheias e inundações em toda área da cidade e seus arredores.
O "Morte a Crédito" valerá a pena ler. Não o tenho comigo para digitalizar a capa.