Narrativas na primeira pessoa de quem lutou e sofreu para vivermos numa sociedade melhor. Talvez nos detalhes do que era a repressão, quem não viveu esse tempo, possa imaginar o perigo de viver numa sociedade em que não há liberdade.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
sábado, 24 de outubro de 2015
A Luaty Beirão
Nunca antes tinha ouvido falar de ti
Saíste para o deserto
Como os anacoretas
Levaste contigo as palavras
Serenidade e temeridade
Saíste para o deserto
Como os anacoretas
Levaste contigo as palavras
Serenidade e temeridade
Comentaram que no teu nome
Existe um ípsilon antigo
Existe um ípsilon antigo
De abysmo profundo
Entre fragas medonhas
Disseram que tens 33 anos,
Aquela idade em que é
possível
Perder tudo e ganhar
A imaterialidade da qual
se julga
Serem feitos os Ideais
-essas mentiras que nos
mantêm vivos
quando a verdade nos mata
e na realidade falecemos
aos outros
O teu jejum aproxima-se
Daquele ponto sem retorno
A que uns chamam santidade
Por nele reconhecerem a
transcendência
E a iluminação que
servindo ao próprio
Serve de farol aos outros
Para que não se percam
Para que não se percam
A Morte, bem vês, está
ajoelhada a teu lado
Sendo paciente como é
Não se importa de voltar
depois
Ocorreu-me, vê lá tu,
Que os bailarinos são como
Peixes que querem ser pássaros.
Que os bailarinos são como
Peixes que querem ser pássaros.
E que mal é que isso tem?
Sabendo nós que há
pássaros
Que nadam profundamente
nas águas
E peixes que voam bem fora
delas
Sem que deixem de ser
aquilo que são
Nesse deserto onde estás
lutando
Dizem existir um Xamã
Que canta e dança por nós,
Que canta e dança por nós,
Que sabe mergulhar na
terra árida
E dela retirar raízes de
água e de pão...
Agora que tudo te parece
antigo e breve
E no desapego da tua dissociação
Vês teu corpo frágil
Ganhar a força do
turbilhão e da tempestade,
E o teu raciocínio agudo é
clarividência,
Por favor trá-lo contigo
Por favor trá-lo contigo
Para que os obstinados se apazigúem
E os que não enxergam
possam conhecer
"Put A Lid On It"
Put a lid on it what's that you say?
Put a lid on it oh man, no way
Put a lid down on it, and everything will be all right
Put a lid on it don't hand me that
Put a lid on it I'm all right, Jack
Put a lid down on it, before somebody starts a fight
Put a lid on it oh man, no way
Put a lid down on it, and everything will be all right
Put a lid on it don't hand me that
Put a lid on it I'm all right, Jack
Put a lid down on it, before somebody starts a fight
Say, every time I turn it loose
Your cats come down and cook my goose
When I start I just can't stop
But if you keep this up you're gonna blow your top
Your cats come down and cook my goose
When I start I just can't stop
But if you keep this up you're gonna blow your top
Put a lid on it too late this time
Put a lid on it I've got to get what's mine
Put a lid down on it and everything will be all right
Put a lid on it I've got to get what's mine
Put a lid down on it and everything will be all right
Well, grab your drink and clear a space
I think it's time to torch this place
Now the girl's in overdrive
Some of your pals want to stay alive
I think it's time to torch this place
Now the girl's in overdrive
Some of your pals want to stay alive
I'll put a lid on it I'll put a lid on it
I'll put a lid down on it
Save it for another night
I'll put a lid down on it
Save it for another night
Songwriters
MAXWELL, THOMAS
MAXWELL, THOMAS
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
A democracia TOTALITÁRIA venceu a Democracia totalitária.
...melhor escrevendo:
A democracia
TOTALITÁRIA
venceu a
Democracia totalitária.
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
A morte a distância.
Inocentes como crianças,
teclam escolhas,
fixam alvos...
Como num jogo de vídeo...
Cândidos Tele-Homicidas
conduzidos por preceptores letais
realizam a maravilha
de matar a distância
Executam com eficácia tecnológica
matar é sempre bem e de forma limpa...
a longa distância.
Ó Sofisticados meninos de ouro
que causam a morte sem mal.
Na Antiguidade ficou a ruína
guerreira e brutal:
A morte corpo a corpo,
cara a cara.
O sicário que mata a curta distância
pinto de sangue, escorrendo urina,
gemendo desespero,
fedendo...
é horrendo!
É a desumanidade surda,
na sua fealdade real
pode ser cinematográfico,
mas não é cinemático...
nem isento de "burnout".
Como são belos os guerreiros virtuais!
Sofisticados subtis e brilhantes,
iluminados por consolas fractais,
semideuses de unhas polidas
uniformes engomados
em olimpos climatizados
aromatizados com fragrâncias naturais.
Oxalá sua vigília nos guarde o sono
de deuses infernais
Seus ágeis dedos nos livrem
da mira dos mentores
que na confusão de sonhos
ou na certeza da decisão
nos tomem por alvos banais,
e soframos na carne o pesadelo
dos danos colaterais
(continua)
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
domingo, 18 de outubro de 2015
Anoitecimento
A grande Noite sempre esteve
mas não era em nós porque a recusávamos.
Éramos jovens porque também eram jovens as coisas antigas que conhecíamos.
Desde quando nos doem as mãos geladas
e porque é que isso ganhou importância agora?
mas não era em nós porque a recusávamos.
Éramos jovens porque também eram jovens as coisas antigas que conhecíamos.
Desde quando nos doem as mãos geladas
e porque é que isso ganhou importância agora?
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
sábado, 10 de outubro de 2015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
TREVA.
Muitas cores tem a Treva e passam elas nela como num arco-íris ou num sonho.
"as mais belas praias", "os melhores vinhos", "a melhor sanduíche", "a maior onda", "o melhor peixe", "o melhor hotel", "o melhor vinho", "os melhores arquitectos", "a mais bela praça", "o melhor destino turístico", "o mais belo rio", "o povo mais simpático", "os mais hospitaleiros", "os mais honestos", "os melhores trabalhadores", "os mais dignos", "os mais asseados", os dispensáveis
"as mais belas praias", "os melhores vinhos", "a melhor sanduíche", "a maior onda", "o melhor peixe", "o melhor hotel", "o melhor vinho", "os melhores arquitectos", "a mais bela praça", "o melhor destino turístico", "o mais belo rio", "o povo mais simpático", "os mais hospitaleiros", "os mais honestos", "os melhores trabalhadores", "os mais dignos", "os mais asseados", os dispensáveis
domingo, 4 de outubro de 2015
esquemas
Hoje dia de eleições legislativas, muitas mesas de voto foram extintas. Cidadãos que vão votar são redireccionados para outro local de voto. Muitos desistem.
sábado, 3 de outubro de 2015
O Grande Mêdo: O medo é causa das doenças de boa parte da humanidade.
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Francisco de Quevedo (1580-1645)
Pues amarga la verdad,
Quiero echarla de la boca;
Y si al alma su hiel toca,
Esconderla es necedad.
Sépase, pues libertad
Ha engendrado en mi pereza
La Pobreza.
¿Quién hace al tuerto galán
Y prudente al sin consejo?
¿Quién al avariento viejo
Le sirve de Río Jordán?
¿Quién hace de piedras pan,
Sin ser el Dios verdadero
El Dinero.
¿Quién con su fiereza espanta
El Cetro y Corona al Rey?
¿Quién, careciendo de ley,
Merece nombre de Santa?
¿Quién con la humildad levanta
A los cielos la cabeza?
La Pobreza.
¿Quién los jueces con pasión,
Sin ser ungüento, hace humanos,
Pues untándolos las manos
Los ablanda el corazón?
¿Quién gasta su opilación
Con oro y no con acero?
El Dinero.
¿Quién procura que se aleje
Del suelo la gloria vana?
¿Quién siendo toda Cristiana,
Tiene la cara de hereje?
¿Quién hace que al hombre aqueje
El desprecio y la tristeza?
La Pobreza.
¿Quién la Montaña derriba
Al Valle; la Hermosa al feo?
¿Quién podrá cuanto el deseo,
Aunque imposible, conciba?
¿Y quién lo de abajo arriba
Vuelve en el mundo ligero? El Dinero.
Quiero echarla de la boca;
Y si al alma su hiel toca,
Esconderla es necedad.
Sépase, pues libertad
Ha engendrado en mi pereza
La Pobreza.
¿Quién hace al tuerto galán
Y prudente al sin consejo?
¿Quién al avariento viejo
Le sirve de Río Jordán?
¿Quién hace de piedras pan,
Sin ser el Dios verdadero
El Dinero.
¿Quién con su fiereza espanta
El Cetro y Corona al Rey?
¿Quién, careciendo de ley,
Merece nombre de Santa?
¿Quién con la humildad levanta
A los cielos la cabeza?
La Pobreza.
¿Quién los jueces con pasión,
Sin ser ungüento, hace humanos,
Pues untándolos las manos
Los ablanda el corazón?
¿Quién gasta su opilación
Con oro y no con acero?
El Dinero.
¿Quién procura que se aleje
Del suelo la gloria vana?
¿Quién siendo toda Cristiana,
Tiene la cara de hereje?
¿Quién hace que al hombre aqueje
El desprecio y la tristeza?
La Pobreza.
¿Quién la Montaña derriba
Al Valle; la Hermosa al feo?
¿Quién podrá cuanto el deseo,
Aunque imposible, conciba?
¿Y quién lo de abajo arriba
Vuelve en el mundo ligero? El Dinero.
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