sexta-feira, 21 de julho de 2023

Resposta a Justine

 Era um Programa de Rádio chamado “Café Concerto” feito por Maria José Mauperrin e Aníbal Cabrita. Passava entre as dez e a meia noite.  O tema era Céline e também o “Viagem ao fim da Noite”. Vários entrevistados passaram nessa semana.

Lembro António Lobo Antunes que escreveu uma carta à qual Céline respondeu.

Lembro Jorge Listopad que procurou o Dr. Destouches como médico numa emergência domiciliária para as suas filhas gémeas ainda pequenas e febris, mas sem sucesso, devido à recusa de Céline em deixar os seus cães para atender as meninas de Jorge Listopad.

Nessa altura o amigo de um amigo que estava na Suiça tinha começado a ler Céline e o deslumbramento era grande. 

A Ulisseia tinha editado a 2ª edição da tradução de Aníbal Fernandes.

Comprei o “Viagem ao Fim da Noite” em Lisboa, numa livraria que ficava no Largo da Trindade e que também era alfarrabista, foi caro custou-me 600 escudos. Eram 18 horas e tinha começado a pingar. Desci até ao Cais do Sodré e fui apanhar o autocarro nº 1 que fazia o percurso Cais do Sodré-Charneca. Eu morava em Camarate ali junto à Charneca do Lumiar.

Cheguei a casa com a chuva contínua e algo intensa. Comecei a ler e não consegui parar até que chegou a manhã. Choveu sem parar toda a noite. A luz do dia trouxe o anúncio de cheias e inundações em toda área da cidade e seus arredores.



















O "Morte a Crédito" valerá a pena ler. Não o tenho comigo para digitalizar a capa. 

os livros de Céline