segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Franco Fagioli - Vinci - Artaserse - Arbace's aria "Vo solcando un mar crudel"
Vamos sulcando um mar cruel sem velas nem cordame...
Leonardo Vinci (1690 – 27 May 1730)
Leonardo Vinci (1690 – 27 May 1730)
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
No sapatinho. "O Medo do Mar nos Descobrimentos" de Paulo Lopes. Vem bem a propósito este livro, agora que de novo navegamos no Cabo das Tormentas, convém relembrar que os monstros que corporizam os nossos medos são uma criação do nosso imaginário, do que imaginamos; ou seja, as imagens que fazemos, ou que outros fazem para nós, para nos convencerem duma realidade fantástica. Uma ilusão que por vezes pouco tem a ver com a vida real.
"Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente."
Abraham Lincoln
Vincenzo Capezzuto canta "Stu criatu" - Uma canção Napolitana anónima arranjo musical de Enzo Gragnaniello acompanhado por Christina Pluhar e L'Arpeggiata.
"E Tu filho de Maria? Tu filho de Maria que mal Nasceste, logo foste condenado..."
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Quando perguntaram a Madeleine Albright se se justificava a morte de 500 mil crianças iraquianas causada pela guerra e pelas sanções subsequentes à Guerra do Golfo de 1991contra o Iraque, a Secretária de Estado Americana disse que sim. Agora que a comoção pela morte de crianças entrou na atenção generalizada dos orgãos de comunicação social, torna-se pertinente perguntar quantas mortes serão necessárias nas guerras em curso e na que se prepara contra o Irão para que os mesmos orgãos de informação exponham a sua piedade e compaixão.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Roberto Matta - Há em Lisboa na Rua Augusta, 96 uma exposição com trabalhos de Roberto Matta. Até ao final do ano.
Colecção de Germana Matta Ferrari. Organização da C. M. Lisboa, da Casa da América Latina e Da Fundação Millennium bcp.
sábado, 15 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
O calceteiro enamorado.
Era uma vez uma velha rua estreita de casas baixas e antigas onde era difícil circularem em simultâneo carros e pessoas.
Por ser pequena e só ter casas de habitação foi decidido desviar o trânsito para as ruas paralelas mais largas. A rua seria devolvida totalmente ao passeio dos peões e para isso a calçada teria de ser refeita.
Assim foi:
Levantaram as pedras negras de basalto do macadame onde antes era a faixa de rodagem das viaturas; nivelaram o chão e repavimentaram toda a rua com um lençol de calcário branco. Dessa forma algum carro que por necessidade tivesse de entrar na rua para assistir alguma pessoa, ficava a saber que ali era só para peões.
Logo que o tráfego deixou de passar na rua, notou-se uma diferença imediata, deixou de se sentir tanto ruído.
Na rua agora silenciosa onde deixara de se ouvir o estrondo dos motores das motas, camiões e automóveis apenas se ouvia o fino bicar das pancadas certeiras das picadeiras com que os calceteiros íam talhando os cubos brancos daquele mosaico calcário e o tilintar com que os martelos aconchegavam as pedras na cama fôfa de tuvenâ (1).Este trabalho durou alguns dias.
Numa casinha que tinha um quintalinho com flores e muitos gatos ao Sol, morava uma moça muito bonita, cabelo azeviche, olhos castanhos e sardas no nariz. Um calceteiro jovem que andava naquele trabalho de repavimentação da rua simpatizou com a menina desde o primeiro dia que olhou para ela.
Sempre que a via sair para a rua sentia o coração bater mais rápido. O seu coração estremecia no peito tal como o chão estremecia com o bate-bate do maço eléctrico.
Durante aqueles dias o jovem calceteiro e a menina trocaram olhares e sorrisos mas veio o dia em que toda a pedra estava colocada e o calceteiro teve de partir para nova obra noutro arruamento da cidade.
Na manhã seguinte toda a rua estava resplandecente. Tinha um ar limpo e aquele mosaico imenso tornava-a maior. O piso brilhava na sua alvura calcária e reflectia a luminosidade nas fachadas das velhas casas.
Todas as pedras estavam perfeitamente alinhadas milimétricamente encostadas umas às outras e com a mesma altura numa lisura plana de lago.
Os moradores ao saírem de casa paravam à entrada da porta admirando aquela rua que nem parecia a mesma.
Os habitantes das ruas vizinhas e os transeuntes que ali passavam paravam uns instantes comtemplando a nova paisagem com admiração.
A menina do quintalinho onde havia gatos espreguiçando-se ao Sol quando saiu para a rua foi também arrebatada pela beleza daquele passeio novo. Foi para escola e passou o seu dia como habitualmente; ao voltar para casa, apreciando ainda o novo pavimento reparou numa pedra diferente que tinha no caminho bem no meio da entrada da sua porta.
A pedra tinha o feitio de um coração.
A menina percebeu que tinha sido o calceteiro que com ela trocara olhares e sorrisos quem tinha talhado aquele coração de pedra e ali o colocara.
O tempo passou. A menina adolescente cresceu. Um dia mudou de casa e o coração lá ficou. Porém poucos dias depois de estar na sua casa nova não aguentou mais e voltou à velha rua para recuperar uma pedra que fora talhada propositadamente para ela.
O coração de pedra que ilustra esta história foi ela quem mo emprestou. É uma pedra preciosa que um dia um calceteiro enamorado talhou e lhe ofereceu colocando-o a seus pés.
(1) Tuvenâ - "Tout-venant"mistura de pó-de-pedra, areia e gravilha fina cuja granulometria se adequa ao tipo da camada final que resulta na superficie do pavimento. No caso da calçada portuguesa a pedra moída que constitui a gravilha não ultrapassa os 5 mm.
Georges Brassens canta um poema de Antoine Pol. " Les passantes. "
Je veux dédier ce poème
A toutes les femmes qu'on aime
Pendant quelques instants secrets
A celles qu'on connait à peine
Qu'un destin différent entraîne
Et qu'on ne retrouve jamais
A celle qu'on voit apparaître
Une seconde à sa fenêtre
Et qui, preste, s'évanouit
Mais dont la svelte silhouette
Est si gracieuse et fluette
Qu'on en demeure épanoui
A la compagne de Voyage
Dont les yeux, charmant paysage
Font paraîte court le chemin
Qu'on est seul, peut-être, à comprendre
Et qu'on laisse pourtant descendre
Sans avoir effleuré sa main
A la fine et souple valseuse
Qui vous sembla triste et nerveuse
Par une nuit de carnaval
Qui voulu rester inconnue
Et qui n'est jamais revenue
Tournoyer dans un autre bal
A celles qui sont déjà prises
Et qui, vivant des heures grises
Près d'un être trop différent
Vous ont, inutile folie,
Laissé voir la mélancolie
D'un avenir désespérant
Chères images aperçues
Espérances d'un jour déçues
Vous serez dans l'oubli demain
Pour peu que le bonheur survienne
Il est rare qu'on se souvienne
Des épisodes du chemin
Mais si l'on a manqué sa vie
On songe avec un peu d'envie
A tous ces bonheurs entrevus
Aux baisers qu'on n'osa pas prendre
Aux cœurs qui doivent vous attendre
Aux yeux qu'on n'a jamais revus
Alors, aux soirs de lassitude
Tout en peuplant sa solitude
Des fantômes du souvenir
On pleure les lêvres absentes
De toutes ces belles passantes
Que l'on n'a pas su retenir
A toutes les femmes qu'on aime
Pendant quelques instants secrets
A celles qu'on connait à peine
Qu'un destin différent entraîne
Et qu'on ne retrouve jamais
A celle qu'on voit apparaître
Une seconde à sa fenêtre
Et qui, preste, s'évanouit
Mais dont la svelte silhouette
Est si gracieuse et fluette
Qu'on en demeure épanoui
A la compagne de Voyage
Dont les yeux, charmant paysage
Font paraîte court le chemin
Qu'on est seul, peut-être, à comprendre
Et qu'on laisse pourtant descendre
Sans avoir effleuré sa main
A la fine et souple valseuse
Qui vous sembla triste et nerveuse
Par une nuit de carnaval
Qui voulu rester inconnue
Et qui n'est jamais revenue
Tournoyer dans un autre bal
A celles qui sont déjà prises
Et qui, vivant des heures grises
Près d'un être trop différent
Vous ont, inutile folie,
Laissé voir la mélancolie
D'un avenir désespérant
Chères images aperçues
Espérances d'un jour déçues
Vous serez dans l'oubli demain
Pour peu que le bonheur survienne
Il est rare qu'on se souvienne
Des épisodes du chemin
Mais si l'on a manqué sa vie
On songe avec un peu d'envie
A tous ces bonheurs entrevus
Aux baisers qu'on n'osa pas prendre
Aux cœurs qui doivent vous attendre
Aux yeux qu'on n'a jamais revus
Alors, aux soirs de lassitude
Tout en peuplant sa solitude
Des fantômes du souvenir
On pleure les lêvres absentes
De toutes ces belles passantes
Que l'on n'a pas su retenir
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Joaquim Benite
Joaquim Benite deu-me a conhecer Teatro. Muitas das peças que guardo na memória foram vistas no Festival de Teatro de Almada. A última vez que o vi estava à porta da Casa de Teatro onde trabalhava e pedia a outra pessoa que chamásse os outros mais novos para virem até ali fora ver a manifestação de trabalhadores que desfilava denunciado injustiças e reivindicando vida melhor. Dizia ele que era para tomarem conhecimento com aquela realidade.
Homem culto que era sabia que a Vida,o Teatro e também a Democracia devem estar em todo o lado e também na rua.
Homem culto que era sabia que a Vida,o Teatro e também a Democracia devem estar em todo o lado e também na rua.
Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer nasceu no dia em que minha mãe viria a nascer muitos anos depois. Foi curta a sua passagem pela terra.
Quando me lembro das mais extraordinárias arquitecturas feitas pelos seres humanos, as que Óscar Niemeyer desenhou são as que a minha memória mais intensamente reproduz.
Quando me lembro das mais extraordinárias arquitecturas feitas pelos seres humanos, as que Óscar Niemeyer desenhou são as que a minha memória mais intensamente reproduz.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
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