segunda-feira, 28 de junho de 2010
Céu Barroco
Eu pintava céus carregados de pequenas núvens brilhantes de todas as cores: esverdeadas, rosa, laranja. Diziam que não, que eu devia andar a chupar umas fumaças de liamba...Afinal a natureza é o que é; dá as substâncias para a viagem e mostra horizontes tão fantásticos como aqueles que os viajantes disseram ter visto.
domingo, 27 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
O vinho não se escarcha! - O vinho não se escança?
domingo, 20 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Do meu banheiro para o banheiro do Ryan
terça-feira, 15 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
S.Juon
domingo, 13 de junho de 2010
Andorinha é uma cadela.
Fernando Pessoa não gostava de cachorros quentes, gostava de cigarros de tabaco inglês, e de aguardente. Ao fim-de-semana era pior, cebola picada fina, umas sardinhas de lata e meio quilo de pão, vinho tinto do lote especial do Cartaxo. Pão e café com um pouco de mel que o açucar é racionado. A enorme solidão dos que não têm caldo quente ao Domingo. Se ao menos tivesse uma cadela ou um cão e uma bola que atirásse à parede para o caso da cadela ou do cão não a ir buscar. Se ao menos a sua cadela fôsse uma cadela como a Andorinha.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Neste dia terá Camões morrido em 1580. Celebramos a sua memória e com ela uma certa orfandade de Povo feito de muitos Povos.
Povos que fugiram de muitos lugares, e que neste pedaço de terra connosco ficaram e se tornaram no que somos. Nem sempre acolhemos os que eram forasteiros. Algumas vezes tornámos os vizinhos em foragidos. Despedimos-nos bastas vezes de pais, irmãos, filhos e parentes. Por tudo isto hoje é Dia das Comunidades Portuguesas de hoje de ontem e das que há séculos partiram.
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
Desorientacão.
Neste tempo vêem-se muitos animais perder o Norte e ficarem desnorteados. Mas há algum que possa perder o Sul? Ficar dessulado? Mesmo quando desolado? O desnorte faz com que muita gente se oriente e quem se orienta não se ocidenta. Mas à parte as pessoas não orientadas há sempre alguns cães que perdem a cedilha e por muito que se orientem estarão, ainda que o não saibam, em desorientacão.
sábado, 5 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Fechar escolas é desertificar.
O sonho da educação para todos fez com que nos anos trinta, quarenta e cinquenta muitas escolas se erguessem no interior rural. Sendo contrária à vontade dominante da ditadura, muitas destas escolas nasceram por mão dos "benfeitores da terra" não raro "Doutores" de Coimbra ou de Lisboa. Estes benfeitores que algumas placas nessas escolas, ainda relembram, encontravam-se em melhor posição para perceber a importância da educação das crianças das aldeias, dentro do território de vivência da sua comunidade. Estes beneméritos que por vezes se limitaram a escrever uma carta ao ditador pedindo uma escola, foram apoiados pelo trabalho gratuito e voluntário dos vizinhos. O povo das aldeias e dos lugares, habituado à solidariedade do comunitarismo do meio rural, construiu com as próprias mãos muitas destas escolas.
Agora no nosso tempo cibernético-informático, tempo da aldeia global em que deixaram de existir periferias ou ilhas inacessíveis, fecham-se escolas. Primeiro as que tinham menos de 10 alunos agora querem fechar as que têm menos de 21. O tempo que deveria ser de escola ou de recreio vai ser transformado em tempo de deslocação em
transporte escolar. Para uma sociedade abundante no desperdício, e automóvel dependente esta solução parecerá mais barata que o ordenado de um professor no local.
Mas contribuirá para a desertificação. Se o objectivo é um país interior de matas com eucaliptos e um litoral sobrepovoado com zonas exclusivas para veraneantes "VIP"
estamos no caminho para isso. Melhor ainda, daqui a algum tempo do deserto de eucaliptos restará o deserto sem água e sem vida.
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