LUIS DESENHA
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sábado, 31 de dezembro de 2022
sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
quarta-feira, 28 de dezembro de 2022
A velhice nasce na orelha
A velhice nasce na orelha
Uns pelos na posterior da hélix
Outros na concha
Quando partem do trago
é a solidão que floresce
Já não se olha o espelho
Dá que pensar
Aquele tufo hirsuto
Primeiro estamos todos
Vivos, alegres, saciados
de copos erguidos
depois só umas fotografias
recusando o contentor de lixo
como aves que partem
para não voltarem
no São Martinho
O Inverno é um ser profundo
De nevoeiros cerrados
E musgos verdes
passo a lâmina pela hélix
em espiral descendente
desde o ramo até ao lóbulo
na profundidade da escafa
a lâmina escanhoou a derme
ouvi claramente antes de ver
o indicador sanguíneo
Faço a barba sem espelho
após a chuva quente
no final da lavagem
A sua barba é muito rija
e a sua pele muito fina!
Disse o barbeiro de olhar aflito
enquanto passava
a pedra de alúmen
enxugando-me a cara em brasa
com a toalha antes aquecida
recolhendo aquele sudário
para que eu não o visse
mantendo a horizontal
da cadeira abaixo do espelho.
Quando o barbeiro
que usava a navalha
na escovinha da nuca
me rapou a cara
não cresciam crespos
pelos na orelha.
terça-feira, 27 de dezembro de 2022
domingo, 25 de dezembro de 2022
Se o Menino Jesus viesse pôr prendas no sapatinho: Sein und Zeit" - Martin Heidegger - Edição em Alemão e Português - Tradução e organização de Fausto Castilho.
Sein und Zeit foi publicado em 1927. É um livro difícil seja em Alemão ou em Português. Esta é uma edição Bilingue e um caso único na tradução do texto original. Leio Heidegger como um pugilista; de punhos erguidos, fechando a guarda, esquivando, evitando o impacto, querendo bloquear o golpe, procurando uma brecha para atacar. Aceitei o desafio de ler Heidegger por causa de George Steiner. Menos por causa de Hannah Arendt.
Heidegger desagrada-me como uma partitura de música que não sei ler. Quando soa a música da partitura inspiram-me algumas notas enquanto outras me causam estranheza, enfado e mesmo repulsa. Tal como não sei explicar porque não gosto de Schuman ou de Brahms, não sei explicar porque não gosto de Heidegger e os motivos que me ocorrem devem-se mais às suas opções éticas, políticas e sociais do que à sua complexa linguagem metafísica.
Sobre Fausto Castilho que desde 1949 trabalhou na tradução e organização desta especialíssima edição saída em 2012 da qual exponho a reimpressão de 2020 destaco a dedicação, o trabalho persistente, apurado e pioneiro. Fausto Castilho faleceu em 2015.