sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mama Cass, Mary Travers & Joni Mitchell - I Shall Be Released

Cass Eliot (Ellen Naomi Cohen) partiu faz hoje anos.



Jerry Jeff Walker, quando a coisa criada se torna maior que o seu criador.

Jerry Jeff Walker em 1968 compôs a canção Mr. Bojangles, disse que ela se referia a um companheiro de cela que era bailarino de sapateado. Este homem branco apodava-se a si próprio com o nome de um outro homem negro que era uma inspiração para os bailarinos de sapateado: Bill Bojangles.
A canção tornou-se um sucesso e passou a ser uma homenagem ao dançarino original. "Bojangles" continua a ser uma inspiração para os que combatem as agruras da vida através da arte e do amor ao próximo.







Mr. Sammy Davies Junior apresenta uma lenda chamada Bojangles, um lendário bailarino apresenta outro.

Mr. Bojangles himself. - O Sr. Bojangles ele próprio.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

NORMAL-PRESSURE HYDROCEPHALUS ------------- HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL

Se os teus pés parecem pregados ao chão e não consegues mais do que arrastar as tuas pernas; se já tiveste algum acidente vascular cerebral que se revelou ser isquémico, se às vezes não consegues evitar perder urina, então pede ao teu médico para te fazer uma ressonância magnética, podes sofrer de Hidrocefalia de pressão normal. Com o tempo poderás ficar acamado e morrerás sem apelo ou de pneumonia ou de alguma infecção provocada pelas feridas de posição.



MELATO L; BIGAL ME & SPECIALI JG. Hidrocefalia de pressão normal: avaliação de cinco anos de experiência
e revisão de literatura. Medicina, Ribeirão Preto, 33: 499-505, out./dez. 2000.

RESUMO: Hidrocefalia com pressão normal (HPN) é uma síndrome caracterizada por apraxia
de marcha, demência e incontinência urinária, sendo uma das causas tratáveis de demência. O
presente estudo avaliou os dados clínicos, laboratoriais e o tratamento dos pacientes com HPN,
atendidos no período de 1992 a 1997, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto. A hipótese diagnóstica de HPN foi feita em 56 casos, tendo sido confirmada em
30. Distúrbios motores foram verificados em 100% dos casos, alterações cognitivas em 83,3%
e distúrbios esfincterianos em 63,3%. A tríade ocorreu em 53,3% dos casos. A tomografia computadorizada
mostrou hidrocefalia em 96,7% dos pacientes, sendo que, em 40%, havia evidência
ainda de isquemia cerebral. Os pacientes foram submetidos a dois tipos de tratamento:
punções liquóricas de repetição e instalação de derivação liquórica. No primeiro caso, observou-
se melhora em 53,3%. Já, no caso da instalação de derivação liquórica, observou-se
melhora em 63,1%. Conclui-se que HPN é uma síndrome que não pode ser considerada incomum,
devendo, sempre, ser lembrada como diagnóstico diferencial de demências e distúrbios de
marcha do idoso, por tratar-se de patologia potencialmente tratável.

UNITERMOS: Hidrocefalia com Pressão Normal.

terça-feira, 19 de julho de 2011

vendedor

Jacques Brel - "CES GENS-LÀ"



Jacques Brel
"CES GENS-LÀ"
1966

D'abord d'abord y a l'aîné
Lui qui est comme un melon
Lui qui a un gros nez
Lui qui sait plus son nom
Monsieur tellement qui boit
Ou tellement qu'il a bu
Qui fait rien de ses dix doigts
Mais lui qui n'en peut plus
Lui qui est complètement cuit
Et qui se prend pour le roi
Qui se saoule toutes les nuits
Avec du mauvais vin
Mais qu'on retrouve matin
Dans l'église qui roupille
Raide comme une saillie
Blanc comme un cierge de Pâques
Et puis qui balbutie
Et qui a l'œil qui divague
Faut vous dire Monsieur
Que chez ces gens-là
On ne pense pas Monsieur
On ne pense pas on prie


Et puis y a l'autre
Des carottes dans les cheveux
Qu'a jamais vu un peigne
Oui est méchant comme une teigne
Même qu'il donnerait sa chemise
A des pauvres gens heureux
Qui a marié la Denise
Une fille de la ville
Enfin d'une autre ville
Et que c'est pas fini
Qui fait ses petites affaires
Avec son petit chapeau
Avec son petit manteau
Avec sa petite auto
Qu'aimerait bien avoir l'air
Mais qui n'a pas l'air du tout
Faut pas jouer les riches
Quand on n'a pas le sou
Faut vous dire Monsieur
Que chez ces gens-là
On ne vit pas Monsieur
On ne vit pas on triche


Et puis y a les autres
La mère qui ne dit rien
Ou bien n'importe quoi
Et du soir au matin
Sous sa belle gueule d'apôtre
Et dans son cadre en bois
Y a la moustache du père
Qui est mort d'une glissade
Et qui recarde son troupeau
Bouffer la soupe froide
Et ça fait des grands chloup
Et ça fait des grands chloup
Et puis il y a la toute vieille
Qu'en finit pas de vibrer
Qu'on atend quel créve
Veut que c'est elle qu'a l'oseille
Et qu'on n'écoute même pas
Ce que ses pauvres mains racontent
Faut vous dire Monsieur
Que chez ces gens-là
On ne cause pas Monsieur
On ne cause pas on compte

Et puis et puis
Et puis y a Frida
Qui est belle comme un soleil
Et qui m'aime pareil
Que moi j'aime Frida
Même qu'on se dit souvent
Qu'on aura une maison
Avec des tas de fenêtres
Avec presque pas de murs
Et qu'on vivra dedans
Et qu'il fera bon y être
Et que si c'est pas sûr
C'est quand même peut-être
Parce que les autres veulent pas
Parce que les autres veulent pas
Les autres ils disent comme ça
Qu'elle est trop belle pour moi
Que je suis tout juste bon
A égorger les chats
J'ai jamais tué de chats
Ou alors y a longtemps
Ou bien j'ai oublié


Ou ils sentaient pas bon
Enfin ils ne veulent pas
Enfin ils ne veulent pas
Parfois quand on se voit
Semblant que c'est pas exprès
Avec ses yeux mouillants
Elle dit qu'elle partira
Elle dit qu'elle me suivra
Alors pour un instant
Pour un instant seulement
Pour un instant seulement Monsieur
Alors moi je la crois Monsieur
Pour un instant
Pour un instant seulement
Parce que chez ces gens-là
Monsieur on ne s'en va pas
On ne s'en va pas Monsieur
On ne s'en va pas
Mais il est tard Monsieur
Il faut que je rentre chez moi.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

INOMINÁVEL

CHRISTINE LAGARDE - A uma semana da festa nacional da França venho apresentar uma das suas filhas de mais elevada estatura. Essa filha da França teve antes de ontem uma palavra de apreço para connosco portugueses. Pequenos no tamanho, mas grandes na coragem. Christine Lagarde dava-nos como exemplo para os gregos pela forma como permitimos que nos aplicassem medidas económicas que nos custam caro, tão caro que alguns já perderam o emprego e a casa, mas ao que parece concordamos em maioria. (Eu não!) Foi talvez por isso que os títulos de dívida do Estado Português foram considerados lixo e por assimilação e hipálage também os portugueses assim são considerados. Depois de lerem o texto pensem no que vai acontecer aos polacos.

 C. Lagarde

Posted on 06/07/2011 by [ Edição @ Triplo II ]

A folha de serviços não deixa dúvidas sobre a rápida substituição de DSK por este exemplar (de) T€cnocráta.. E torna-se ridículo (mais uma vez) um Sarkozy enfatizando a escolha de um Francês para a presidencia do FMI!
Christine Lagarde é uma advogada de sucesso, especializada em direito social, em 1981 ingressa no prestigiado gabinete Baker & McKenzie em Chicago. Progride rapidamente na carreira até se tornar membro do comité executivo desse gabinete com 4400 colaboradores em 35 países do mundo. Em 2004 torna-se presidente do seu comité estratégico e no ano seguinte membro do conselho de vigilância de um dos maiores grupos financeiros mundiais, a holandesa ING Groep.
Chistine Lagarde, torna-se assim uma mulher muito influente: está na 5ª posição na classificação das mulheres de negócios europeias, segundo o Wall Street Journal e na 76ª posição nas mulheres mais poderosas do mundo, segundo a revista Forbes.



Nos bastidores dos negócios
Uma das facetas menos conhecida do grande público é o facto de Lagarde pertencer ao Center for Strategic & International Studies (CSIS) americano. Este é um "think tank" sobre a influência e estratégia americana no mundo do ponto de vista político, económico, tecnológico e em matéria de segurança. Nele encontramos no conselho administrativo, Henry Kissinger, mas também Zbigniew Brzezinski com o qual Lagarde partilhava a comissão de Acção USA/EU/Polónia, mais precisamente o grupo de trabalho das indústrias de defesa USA-Polónia.
Foi durante as comissões presididas por Christine Lagarde que Bruce Jackson conseguiu o contrato do século para a americana Lockheed com a venda de 48 caças F-16 à Polónia no valor de 3,5 mil milhões de dólares. Esta encomenda foi paga pelo governo polaco com os fundos da União Europeia destinados à preservação do sistema agrícola da Polónia.



Uma americana em Paris.
Em 2007 o jornal satírico francês "Le Canard Enchaîné" revela para grande espanto de todos que o ministro da economia Christine Lagarde escreve e obriga os seus colaboradores a escrever em língua inglesa. No dia 16 de outubro de 2010, o deputado Brard faz uma pergunta a Lagarde, na Assembleia Nacional, em inglês!
O presidente da Assembleia Nacional Francesa atrapalhado decidiu que essa intervenção deveria ser retirada do relatório da sessão por a única língua oficial da república ser o francês.
Estes episódios caricatos revelam que a actual ministra francesa da economia e futura responsável do FMI trabalha (e faz trabalhar os seus colaboradores próximos) em língua inglesa, para facilitar as suas relações políticas e económicas com o seu grande aliado, os Estados Unidos. Os americanos não poderiam sonhar ter um melhor defensor dos seus interesses no FMI.
Dos grandes amigos de Christine Lagarde constam: Brzezinski, fondador da comissão Trilateral em 1973 juntamente com David Rockfeller, ou então Dick Cheney que dispensa qualquer apresentação: ele é o vice-presidente que desencadeia guerras para entregar a reconstrução dos países bombardeados à sua empresa, a Halliburton.





quarta-feira, 6 de julho de 2011

HERBERTO HELDER- Os cães ladram às luas

OS CÃES LADRAM ÀS LUAS…

 os cães gerais ladram às luas que lavram pelos desertos fora,
mas a gota de água treme e brilha,
não uses as unhas senão nas linhas mais puras,
e a grande Constelação do Cão galga através da noite do mundo cheia de ar e de areia
e de fogo,
e não interrompe ministério nenhum nem nenhum elemento,
e tu guarda para a escrita a estrita gota de água imarcescível
contra a turva sede da matilha,
com tua linha limpa cruzas cactos, escorpiões, árduos buracos negros:
queres apenas
aquela gota viva entre as unhas,
enquanto em torno sob as luas os cães cheiram os cus uns aos outros
à procura do ouro



Herberto Helder




(Poema inédito publicado no jornal “Público” do dia 14 de Maio de 2011)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Contentador - tira os livrospara fora.



Da Alemanha como da Espanha...

Hoje em dia é ainda frequente que os filhos e os netos dos alemães que colocaram Hitler no poder dizerem em privado que os judeus eram más pessoas e que se lhes aconteceu o que aconteceu foi porque estavam mesmo a pedi-las.


O arrependimento a que foram sujeitos, e que tomou o nome de desnazificação, foi imposto de fora em vez de ter sido uma natural tomada de consciência de uma loucura colectiva.


Os vencedores da guerra esqueceram-se dos seus movimentos endógenos a favor da eugenia e da extinção das raças consideradas inferiores. Esqueceram o quanto a sua ideia era semelhante à dos Nazis. Afinal a eugenia libertava da vida os que não tinham direito a ela, acelerando um processo natural inevitável. A eugenia dava a morte a seres parasitas que pela lei do mais forte se extinguiriam de qualquer maneira sendo até por isso um acto piedoso. Esta corrente de pensamento internacional nascido no final do séc. XIX pretendia ter bases científicas fundamentadas pela teoria evolutiva das espécies para a afirmação da raça branca como raça superior. Teorizada a partir de ideias do cientista britânico Francis Galton, teve grandes adeptos nos EUA como por exemplo Theodore Roosevelt, H. G. Wells, George Bernard Shaw, Luther Burbank, a Fundação Rockefeller… O seu objectivo era limitar a proliferação dessas pragas constituídas por doentes mentais, homossexuais, judeus, deficientes físicos, eslavos, africanos, etc., por se reproduzirem mais rapidamente que o ser humano superior, branco, anglo-saxónico, nórdico e ariano.


Paradoxalmente a religião católica apostólica romana, proselitista e sempre desejosa de angariar almas, apenas estendia a sua protecção aos indígenas baptizados não distinguindo os animais dos povos ditos selvagens. A sua missão evangelizadora teve efeito prático, primeiro na pacificação da revolta desses povos quando se deu a grande ofensiva mundial do colonialismo e depois, na sua preparação para o trabalho serviçal de forma a este ser adequado a amos de uma cultura estranha à sua. Foi nesta altura do séc.XIX que os barcos com a máquina a vapor ganharam a força que os barcos à vela não tinham. É assim que a navegação fluvial pelos estuários, permite penetrar profundamente em territórios antes inacessíveis. Também os seus cascos metálicos e chatos conseguiam navegar rio acima até às mais pequenas profundidades. Com a ajuda do canhão sem recuo e da metralhadora nasceu a canhoneira. A canhoneira foi o barco que tornou possível o colonialismo: com propulsão autónoma, blindado e fortemente armado; é feito em tamanhos diversos consoante o tipo de caudal do rio que pretende subir e a hostilidade que pretende causar. O diálogo que antes a pangaia aconselhava foi trocado pela imposição da vontade de poder matar a distância com grande eficiência e em grande quantidade; foi o triunfo das Trevas.


A maneira como hoje os dirigentes Europeus e os povos desses países ditos ricos e desenvolvidos vêm tratando os Gregos, Portugueses, e outros, lembra-me a sobranceria germânica que conseguiu subsistir até hoje. Esse tipo de atitude terá razão de ser em povos que sempre tiveram a boca maior que o estômago e sempre sentiram falta daquilo que a outros pertence, mas não faz qualquer sentido quando se pretende afirmar que o poderio económico ou bélico que eles possuem e dizem possuir, são característica de uma superioridade civilizacional e por isso algo a que nos devemos submeter sem questionar. 


Infelizmente a história está cheia de exemplos em que quem triunfou não foi nem o mais evoluído, nem o mais justo, nem o mais douto.
Por isso há que desconfiar destes patrocínios que nos infantilizam através de expressões como: temos de nos portar bem... temos de cumprir... somos periféricos... somos pequenos... não há nada a fazer... ... ...

Isto não é arte postal-This is not mail-art

Isto não é arte postal-This is not mail-art

MAIL ART - Thankyou very very much Dosankodebbie!