terça-feira, 31 de janeiro de 2017
O álbum de fotos.
Na altura pintava a óleo tons sombrios de azul e verde esmeralda. Nas pinturas fazia uma assinatura cursiva vagamente arabizada e a minha auto-imagem tinha dificuldade em se consolidar. Comecei por isso a guardar fotos dispersas neste álbum e pintei-lhe a face.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
domingo, 29 de janeiro de 2017
Amochar.
Suportar carga ou tarefa.
Dobrar-se pela cintura no jogo-do-eixo.
Baixar a cabeça.
Submeter-se.
Esmorecer por desânimo ou por doença.
Ir para a base no jogo da bilharda.
Sentar-se em banco ou assento sem espaldar.
Podar radicalmente uma árvore.
Descornar ou cortar os cornos.
No final do ano de 1979 o "The Wall" dos Pink Floyd acabara de sair. Ao cabo de Janeiro de 1980 todo o libreto tinha sido decorado bem como as entradas dos instrumentos, os sons mais variados, os berros das vozes de comando e até os ruídos assustadores.
Não sabia nessa
altura em que medida era premonitória essa obra. De forma semelhante quando li
"O Admirável Mundo Novo" do Aldous Huxley ou o “1984” do George
Orwell imaginei que aquelas fôssem visões de antecipação e futuro. Pensei
que identificavam o passado e até o presente coevo da altura em que os autores
as tinham escrito. Acreditei até que uma vez materializadas eram obras que
tinham o poder apotropaico de afastar a iniquidade que descreviam. Ignorância
minha; de facto são obras de arte que identificam cânones de totalitarismo e
opressão que se mantêm constantes ao longo da História. Nesse sentido como
obras de arte singelas encerram mais conhecimento do que estantes cheias de ensaios
e documentos de investigação. O facto de ser ficção não as desmerece nem as
banaliza pois tem o poder dos antigos mitos que narram enredos complexos que
cada época tem de reinterpretar.
domingo, 22 de janeiro de 2017
O Inigualavelmente barroco Sidney Bechet e o desejo do Verão.
Que é como quem diz: O desejo de melhores dias e a certeza que melhores dias virão.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
"Preto - História de uma cor" de Michel Pastoureau tradução de José Alfaro.
Em dia de inaugureixien do presidente de todos nós, queiramos ou não, coloco aqui o livro que já devia ter lido e que hoje comecei a ler pela manhãzinha. Coloco tambem o primeiro escrito ensonado do dia frio, ainda com o gosto amargo do café.
Com a inaugureixien de Obama iniciei a etiqueta "Núvens" para classificar este tipo de publicação. Infelizmente não me enganei quanto ao tempo de Obama. Foi um tempo nebuloso sem dúvida. Agora parece-me que a treva se aproxima ameaçadoramente. Acho que desta vez não acertarei na minha intuição. Faço voto para que essa intuição esteja errada.
Com a inaugureixien de Obama iniciei a etiqueta "Núvens" para classificar este tipo de publicação. Infelizmente não me enganei quanto ao tempo de Obama. Foi um tempo nebuloso sem dúvida. Agora parece-me que a treva se aproxima ameaçadoramente. Acho que desta vez não acertarei na minha intuição. Faço voto para que essa intuição esteja errada.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
sábado, 14 de janeiro de 2017
domingo, 8 de janeiro de 2017
Cantiga Dum Marginal do Século XIX
Não me pergunto onde vou
Os caminhos nunca acabam
Andorinhas de asa negra
Só vivem enquanto voam
De polícia já estou farto
Civil ou republicana
De presidente de estado
Bem fardado ou à paisana
Chapéu preto bem nos olhos
Residente em parte incerta
Trago bombinhas com mel
E os sentidos sempre alerta
Da natureza nascemos
Vivemos com a razão
Vendo luas e não pago
Imposto de transacção.
sábado, 7 de janeiro de 2017
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