Hoje verdadeiramente deste teu corpo aos peixes,
Aqueles a quem António só pode oferecer as palavras,
As que eram de si o melhor por serem consubstanciais
À centelha que o tornou também divino.
Hoje verdadeiramente foste com as águas
Como os barcos auspiciosos que zarpam de cada porto
Deixando atrás a infelicidade e o ar denso
Dos que ficam sem horizonte nem porvir.
Passaste de novo entre as feras, como antes,
Mas hoje sem medo e com a doçura que faz a mansidão
Dos verdadeiros feiticeiros da magia plena.
Estejas onde estiveres rodear-te-ão as crianças,
Rirás seus risos, chorarás seus choros e contar-lhes-ás histórias
Que para elas arriscarás em traços e cores.
5 de Janeiro de 2011
1 comentário:
Bonita e sentida homenagem!
:)
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