O paradoxo do archeiro
Morriam novos os velhos
Sem que os soubéssemos novos
Cada morte uma ave vencida
pelo Paradoxo do Archeiro
O rigoroso enlace
da curva da frecha...
O gume da lâmina,
a linha do peito que era e se sustinha,
falecendo no ar,
falecendo...
O que foi e o que agora falece
vibrando ainda como o fio do arco
ou a membrana do tímpano
estremecendo retardada
pelo que é ausente
e em nós se tornou queda.
1 comentário:
Extraordinário poema. Que profunda observação da fragilidade da vida diante do fim.
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