segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Livros recebidos no aniversário

Para o Fernando Pessoa ele era o Presidente-Rei, para as camadas populares da minha meninice ele era um santo que se compadecera e fizera a sopa-dos-pobres onde os desvalidos podiam comer uma refeição quente por dia. Para mim que sempre o tinha julgado um militar só de há 12 anos para cá é que sei que ele era um Doutor de Coimbra (moro na Rua Dr. Sidónio Pais). Dr. em Economia da mesma escola de outro ditador posterior bem mais sinistro e de muito má memória. Mas o que desconheço até hoje completamente é o perfil de José Júlio da Costa, heroi para uns e assassino para outros. Espero colmatar a lacuna. É um livro que vinha namorando há três anos. O Professor Moisés foi dos que contribuiram para o gosto do conhecimento das nossas raízes. E aqui fala de Fátima um local sagrado para os católicos apostólicos romanos, após os fenómenos que lá aconteceram em 1917, mas que antes já o tinha sido para os islamitas. Afinal Fátima é o nome da irmã do profeta Maomé. São investigadoras portuguesas e o livro vem preencher uma lacuna no conhecimento do nosso património. Em paralelo com a História diz de onde viemos e talvez porque somos da maneira que somos. O livro vem esgotando edições. Joseph Conrad nasceu em 1857 na Ucrânia escapou da mobilização por não querer combater pelo Czar da Rússia. Vai para Marselha e aos 17 anos faz-se marinheiro da Marinha Mercante. Mais tarde, reforma-se antecipadamente e instala-se em Inglaterra, onde se torna cidadão britânico. Mais do que tudo passa a ser escritor a tempo inteiro. Morre em 1924 vítima de ataque cardíaco. Leio tudo o que posso dele: Este ainda me é desconhecido. Li crónicas da autora. Ouço os comentários nas Televisões. Vai ser uma estreia. Este é do ano passado. Quem se interesse por história dos descobrimentos, sociologia, economia de certo conhece este Jubilado e júbilável, emérito professor. Nunca li este primevo livro sobre Fado. Conheço a História do Fado do Tinop. Espero poder ler o do Rui Vieira Nery, que também não conheço mas já desfolhei e parece-me precioso.

5 comentários:

Lilazdavioleta disse...

" Com então caiu na asneira de fazer anos ... "

Que tenha sido um dia agradável .

Depois do afecto , livros são os melhores presentes , quanto a mim .

Maria

Luis Filipe Gomes disse...

Foi um dia extravagante.
Sobre presentes, concordo contigo. Estou proíbido de comprar livros por isso só os que me oferecem ou os que eu compro às escondidas. Daí não ser asneira fazer anos.
Luís

Constança Lucas disse...

parabéns !!!

como alguém pode estar proibido de comprar livros :)
aposto que compras ainda mais :)

Luis Filipe Gomes disse...

De facto não há espaço. Sempre que entra um livro um outro deveria sair. E a menos que sejam património para herdeiros ou ferramenta de trabalho não faz sentido acumular toneladas de livros em centenas de metros de prateleiras. Há!.. deve haver, um número aceitável de livros que se pode ter. Talvez 300. O Wenceslau de Moraes tinha 300 livros consigo, nas casas em que viveu no Japão. Os japoneses de casas limpas de tudo quanto é superfluo, espantavam-se muito com grande biblioteca.
Luís

Justine disse...

Atrasado mas sincero, aqui fica um abraço de parabéns! E a "montra" que mostras é aliciante. Acho que vou aproveitar uma ou outra sugestão, agora que o tempo me sobra para ler:))
Obrigada pelas melhoras!