É uma montagem com colagens várias de elementos de desenho e de escrita, onde se inclui um azulejo. No azulejo a representação de uma das figuras pré-históricas conhecidas popularmente por "porcas" ou "berrões" tem no seu pedestal a inscrição "O artista tem que Viajar".
Outros elementos remetem para um tempo de confinamento e segregação de culturas e maneiras de estar. Assim aparecem duas figuras com as "samarras" que os sentenciados nos autos-de-fé eram obrigados a usar. Se por ventura a sua vida fosse poupada essa samarra teria de ser usada por longos anos testemunhando a sua particular condição cultural.
As palavras escritas remetem para a situação recente de validação do artista pela sua itinerância entre países e culturas diferentes, um paradoxo com a situação de interdição de deslocação actual e do anterior impedimento de passagem de fronteira por cidadãos de outros países e nações.
2 comentários:
O artista tem que viajar
excelente
Era um Salão que eu sempre visitava quando viva em Lisboa, Tenho saudades...e lamento não ter ido este ano.
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