Beim schlafengehen
Não havia
Nem copos nem canecas
Havia malgas
Havia colheres, garfos
Facas corticeiras
o gume em unha lunar
de migar o caldo
E abrir o pescoço
A frangos e galinhas velhas
-Não é impune
Ser macho novo
Ou fêmea velha.
Havia
Uma guerra no ultramar
que orfanava as mães
dos filhos jovens
-tão moços alguns
que morriam sem saber
a primeira vez-
Havia o tremeluzir do lume
Do pinho estalando
Centelhas no breu
Havia o gasómetro de carbureto
para ir à coorte
nas noites de parir
Havia o perfume do mato
roçado de fresco
a alcatifar o pátio,
a livrar do chiqueiro
o caminho do forno
para o pão semanal
a temperar a parede sul
onde as laranjeiras
se abrigavam das geadas
e as poedeiras faziam pousio
e chocavam pintos…
Pudesse eu dormir assim,
tépido neste Inverno.
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