Sim, é
verdade que os poetas também morrem!
Há quem diga
que verdadeiramente não morrem. Que vivem eternamente enquanto for cantada a poesia
que deixaram escrita. Mas é charada de mau gosto. É bem verdade que morrem e que
sofrem com os caninos da dor a rasgar a carne e as vísceras até que a náusea os
derrube no vómito que antes era poesia. Não há justificação para o sofrimento.
Não há justiça na dor. Nem razão divina que a sustente a não ser por algum exercício
metafísico de catarse poética.
Deixo aqui José
Luiz Tavares, um poeta vivo porque não se pode erguer o copo e brindar
à saúde de quem morreu.
2 comentários:
Texto impressionante, impactante, cheio de força!
Obrigado Justine.
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