Os desenhos andam por aqui: à volta do teclado, sobre o braço largo do cadeirão, na mesa de apoio do sofá, na mesinha pé de galo... De vez em quando entram num envelope grande, ou num saco, junto das cartas recebidas com arte postal, entre as cartas para responder.
Nunca estão terminados os desenhos. Por vezes dão a impressão que alguma coisa lhes falta. Alguma coisa a menos têm para que se cumpram. Alguma coisa mais parecem pedir que se acrescente.
"O rapaz que passeava gatos fantásticos" parecia pedir um céu azul. Não sei que mais lhe falta. Escrevi o meu nome em jeito de remate. Se não entrar num envelope e dentro dele for fechado voltará ainda a reclamar algum risco mais? Alguma outra mancha? Uma outra camada?
2 comentários:
Se me permite o Sr. artista, eu sugeriria um ar mais feliz no rosto do passeante, afinal ele está a passear gatos fantásticos!
Abraço
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