(...)caminhavam longamente até à nascente e em fila esperavam pacientemente a sua vez para tomarem a água em suas vasilhas. Todo o tipo de recipiente era aproveitado. Viam-se garrafões brancos e amarelos que já tinham sido de lixívia, botijas de dez litros de algum produto detergente e até enormes borrachas de pneus de tractores que colocavam sobre os burros como se fossem odres.
terça-feira, 23 de março de 2010
A água numa terra árida.
(...)caminhavam longamente até à nascente e em fila esperavam pacientemente a sua vez para tomarem a água em suas vasilhas. Todo o tipo de recipiente era aproveitado. Viam-se garrafões brancos e amarelos que já tinham sido de lixívia, botijas de dez litros de algum produto detergente e até enormes borrachas de pneus de tractores que colocavam sobre os burros como se fossem odres.
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2 comentários:
:)
"A água numa terra árida."
O título, por si só, mexe com o meu emocional. Penso logo em crianças africanas, aquelas que têm os ossos à mostra , a pele ressequida e os olhos baços.Penso também em crianças brasileiras,que vivem nas mesmas condições. Nas crianças desta nossa terra tão querida mas tão incrivelmente demagógica.Penso nas crianças...E nos velhos...Penso nos homens.
À parte isso tudo que me passa pela mente, encanto-me com seu desenho.Parabéns, Luis!!!
Um abraço
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