se o que desejas é mostrar o que em ti é fora olharás para o sujeito um átimo e baixarás os olhos para o papel durante três expirações;
se em vez disso quiseres mostrar o fora de ti que te é exterior demorar-te-ás igualmente olhando e desenhando;
se pelo contrário quiseres entender o exterior olharás demoradamente fora de ti até que tua mão exite na deriva e careça de ser situada com o risco que a atravessa;
porém se quiseres entender, riscarás e o risco será papel: o dentro e o fora deixarão de ser, tal como o alto e o baixo, após o esfuminho, se tornam liga; tudo é valor que no todo vale e não mais o risco elimina pois tudo traça e corre para lá do horizonte do Sol e da mão arrefecida.
2 comentários:
Li e procurei entender, mas não é fácil este desenho.
Parece que os traços se reúnem no mesmo desenho interior, exterior e do espaço que os cria, nos gestos da própria mão.
...e viverás apenas aquele presente sem que na cabeça nada mais exista senão o que tentas entender...
Ainda para agradecer o comentário e as sugestões. Tentarei. Obrigada.
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