Os lugares são
a geografia da solidão.
São lugares comuns a casa a cama.
(Segunda
Pessoa, in Todas as
Palavras, poesia
reunida,
Manuel António Pina)
É por coisas destas que nunca gramei o Pina. Se a geografia
é a descrição de qualquer coisa que me relaciona com um sítio, verdadeiramente uma
memória, então é possível meter lá a solidão como se fosse um auto-retrato. Então
e num contexto destes à Nobre de tão “Só” porque raio haveria o Pina de enfiar o
pé na poça. Não poderia ele deixar o pé em suspensão? ...congelado como numa
fotografia de acção? ...porque teve ele de enfiar o pé, retirá-lo, bater com
ele no chão e salpicar tudo? Detesto ler um cenário dramático salpicado de
humor, de ironia. Os lugares são coisa nenhuma. Ou deverei dizer coisa alguma.
Não importa. Não quero sair daqui do meu quarto nem quero ir a nenhum lugar.
1 comentário:
Fizeste bem em confiar na minha compreensão :-))
A minha concordância com o teu comentário é outro assunto, quiçá a discutir noutra altura, que hoje estou preguiçosa!
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