domingo, 30 de outubro de 2016

palimpsesto





Desisti do êrro e deixei de usar borracha. Não falo do êrro de Leonardo que desenhava propositadamente os componentes das suas máquinas de forma  invertida. De facto não há Êrro, tudo faz parte do percurso. Escrevo por cima, desenho por cima. Deliberadamente escolho cadernos e livros velhos de outros, ou mesmo meus, de um outro tempo. Mesmo quando criamos, criamos sempre sobre alguma coisa feita antes. A obra nunca está acabada. Tudo é construção permanente, e quando não formos nós a fazê-la será o tempo.

5 comentários:

Beatriz Cunha disse...

Bem observado!

luisa disse...

Uma boa forma de encarar a vida. :)

Anónimo disse...

A Elke Krystufek ,ao que consta, compra arte de nomes consagrados (ou o que quer que isso seja) e trabalha sobre tal. Abraço do Armindo.

Anónimo disse...

A Elke Krystufek ,ao que consta, compra arte de nomes consagrados (ou o que quer que isso seja) e trabalha sobre tal. Abraço do Armindo.

Catarina Garcia disse...

gosto muito, e da ideia também. borracha ocupa espaço no estojo e faz com que se gaste menos folhas!