O Roland Barthes, aquele sujeito da semiótica; aquela coisa dos signos, dos símbolos e dos sinais parece que usou esse termo para descrever um tipo de caligrafia fora do significado da palavra. Hoje sabemos que as civilizações antigas sabiam coisas das quais perdemos o conhecimento. Da China, de onde parece que veio muita coisa a que demos finalidade diversa, também veio este tipo de escrita. No séc. VIII um mestre calígrafo chamado Zhung Xu praticou este tipo de "caligrafia" sem intenção semântica. De qualquer forma a intenção de comunicar existe e isso é notório nas escritas que as crianças ainda não instruídas na caligrafia da palavra praticam. Os seus sinais a que por vezes chamamos gatafunhos são o desejo de comunicar sem possibilidade de tradução para o nosso entendimento. Estes "assémicos" são resultado da prática que eu e a minha mãe levamos a efeito na sua afasia hemiplégica.
1 comentário:
Muito belo, texto incluído!
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