domingo, 4 de novembro de 2012

Bruno Procópio um cravista brasileiro notável toca de Couperin Les Barricades Mystérieuses.

Les Baricades Mistérieuses
Não se sabe hoje o que são As Barricadas Misteriosas.
As descodificações para a metáfora vão desde as mais coloridas que dizem ser as barricadas as roupas mais íntimas das mulheres desejadas, específicamente os seus cintos de castidade; até às mais platónicas que dizem tratar-se das pestanas dos olhos das amadas. Sejam as barricadas as máscaras que guardam o anonimato de uma mulher sedutora ou as vestes que lhe ocultam a sensualidade do corpo a música é muito estimulante.

Para mim a cadência musical sugere-me que para o intérprete a verdadeira barricada será encontrar a velocidade certa para a execução. O tempo certo. Quanto mais lento mais difícil de manter essa cadência.

Como quando se desloca um corpo de grande massa após vencer a inércia inicial, se experimenta a dificuldade de manter uma velocidade de tal forma precisa que ao descrever uma curva o corpo não se detenha por abrandamento nem se desvie da trajectória da curva.






Russel Piti encontrou outro tempo para a interpretação da mesma composição.


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