Interessam-me as falhas, as imperfeições, as fugas à
representação, a traição que o cérebro faz ao olhar, a fuga que a mão faz ao
cérebro. No fundo quando há um processo de construção de uma imagem, este processo
só termina na percepção do receptor dessa imagem. No entendimento do receptor
enquanto fruidor ou iconoclasta. Na sua retina, no seu ouvido, no seu olfacto,
no seu estado de saúde e bem-estar, no seu cérebro, na sua mente, na sua
cultura. Eu estou aí como primeiro interlocutor relativamente à imagem que descrevo,
desenhando símbolos, recorrendo a ícones reconhecíveis da minha cultura e no
meu tempo.
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