Não sei de
mais trágica ironia que o homicídio de um homem forte e saudável por sufocação durante
um período em que um vírus corre o mundo matando pessoas precisamente por falta
de ar.
O vírus que se agarra aos pulmões e subjuga o
seu hospedeiro tem sucesso com pessoas fragilizadas da mesma maneira que o
esbirro que matou George Floyd teve sucesso por George Floyd estar com as mãos
algemadas atrás das costas enquanto o seu executor com um joelho esquerdo lhe esmagava
o pescoço e com o outro os rins.
Quis fazer
um desenho mas não consegui. O choque quando é muito traumático não propicia a
acção. Sobrevém o atordoamento. Lembrei-me então de Barnes. Albert Barnes, o
coleccionador de arte.
“Dele” ainda
guardo o catálogo da exposição da sua colecção que inaugurou no Museu d’Orsay
em Paris no distante ano de 1993 em Setembro e se manteve até Janeiro de 1994.
Foi a primeira vez que deixou a sua fundação. Fica aqui a história de Barnes o
Coleccionador.
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