Respiro de boca aberta
Respiro de boca aberta,
e não há poesia nisso
-dói-me a cabeça muitíssimo-
que poesia na dor pode haver?
Sinto o meu corpo a lutar,
uma força sedativa quebra-me
a vontade e aos poucos a dor.
Ofegante e sem alento
triste e entristecido ouço
dentro das têmporas
o bater do badalo
a pulsação
uma flor estiolada
estala e ribomba
ao precipitar-se na erva
de borco.
1 comentário:
Fica a ânsia do ar que nos falta, o coração em arritmia...
Virá de novo, esse respirar mais tranquilo, Luís!
Beijinhos :)
Beijinhos
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