Assémico é o mesmo que dizer
assemântico. A palavra é muito usada quando se refere à escrita dentro do
contexto da pintura caligráfica expressionista, do gestualismo e da chamada
poesia visual.
O melhor exemplo espontâneo de
escrita assémica será por exemplo as "garatujas" de uma criança que
ainda não aprendeu a desenhar as letras, mas que risca cursivamente o que será
uma caligrafia à qual atribui um significado (uma carta ao "menino
jesus")que possivelmente não conseguirá explicar algum tempo depois.
Assémico é também por definição o
desenho, naquele sentido em que dizemos que um desenho vale mil palavras. Resta
perguntar quais palavras e da boca de quem?
Por fim para o leigo, e somos todos
leigos, assémico é por exemplo o uso de sinais sem que estes sejam sinais
compreensíveis, isto é, sinais que deixam de o ser. Pode ser a escrita de uma
prescrição médica ilegível pelo farmacêutico; pode ser o assinar com uma cruz;
pode ser um conjunto de caracteres descontextualizados como a ilustração
mostra.
Assémico é também o turbilhão de
memórias, ideias, fantasias, receios, etc. que fazem o ruído de fundo do nosso
pensamento o qual as filosofias orientais tentam parar com a prática da
meditação. Ou então não é nada disto.
2 comentários:
O que quer que seja, di-lo muito bem com o teu desenho.
(Sobre o Yupanqui, houve um tempo em que eu sabia de cor "Los ejes de mi carreta", e desde esse tempo longínquo não deixei de ouvir a sua música - já não nos velhos LP´s, que já não tenho onde os pôr a girar…)
Agora ando a tratar-me com o Atahualpa, Inti-Illimani, Quilapayún, Jara, Zeca... e as sinfonias do Shostakpvich.
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