O QUE ELE DISSE:
No Hradschin de Praga, Vaclav Klaus teve a oportunidade de dizer na cara de Cavaco Silva, aquilo que como economista responsável, pensa acerca de países que assumiram a loucura do défice excessivo: "aqueles que aceitaram isso, agora terão de suportar as consequências do seu acto (...) inimaginável que alguns países europeus possam admitir determinados défices (...), como ministro das Finanças ou 1º ministro, nunca admitiria isso".
Um dia depois de afirmado ser “inimaginável que alguns países europeus possam admitir determinados défices” e de ter apontado a responsabilidade dos governantes face ao desequilíbrio das contas públicas, o Presidente da República Checa voltou hoje a surpreender Cavaco Silva, que está em Praga numa visita de Estado. Diante de mais de uma centena de empresários checos e portugueses, reunidos num seminário para estabelecer contactos, Klaus foi implacável: “Fico muito surpreendido por Portugal não estar nervoso por ter um défice de oito por cento”, disse, num tom irónico.
Cavaco Silva esboçou um breve sorriso. E Klaus continuou: “É uma história interessante. Espero que não estejam aqui jornalistas.” A assistência, maioritariamente composta por empresários checos, riu-se. Mas o ambiente entre os homens de negócios portugueses ficou pesado.
Klaus tentou, então, amenizar as críticas, apontando acreditar que a economia vai recuperar – “e não serão os governos a fazer essa recuperação, mas sim vocês”, afirmou, dirigindo-se aos empresários.
O Presidente da República português falou logo a seguir, mas optou por ignorar as provocações de Klaus. Leu o seu discurso sem qualquer aparte, sublinhando as oportunidades de parcerias comerciais entre a República Checa e Portugal.
Contudo, a intervenção de Klaus já tinha deixado uma marca indelével no seminário, que, aparentemente, não foi contrariada pelas palavras de alento de Cavaco Silva.
O QUE ELE FEZ NO CHILE.
AS IMAGENS DO SAQUE.
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