Sempre achei a maneira de cantar da Beatriz um pouco dura, num estilo semelhante ao da Lucília do Carmo. Mas aquele fado, e aquela interpretação em que cada músico se faz ouvir, simultaneamente ouvindo os outros, é uma pérola. Sinto que todos se respeitam e se admiram mutuamente. Há uma interpretação da Celeste Rodrigues que também nos eleva os pés do chão, mas infelizmente os músicos que a acompanham não estão lá para a acompanhar, e muito menos a ouvem. A Aldina é "A Princesa Prometida" nesse documentário, alguém que ficou à margem. Nas palavras da Lídia Jorge, quem se torna criativo (no sentido artístico ou mesmo científico) é sempre alguém que de alguma maneira ficou à margem, foi posto de fora. Não sei se é bom ou mau, sei que traz sofrimento.
3 comentários:
Há dois ou três dias a Aldina Duarte referenciou - a , numa entrevista que passou no canal 2 da tv .
Não conhecia o trabalho da Senhora .
Pesquisei e acreditas que foi este fado que me prendeu ?
É especial e também especial a forma como a fadista canta .
Sempre achei a maneira de cantar da Beatriz um pouco dura, num estilo semelhante ao da Lucília do Carmo. Mas aquele fado, e aquela interpretação em que cada músico se faz ouvir, simultaneamente ouvindo os outros, é uma pérola. Sinto que todos se respeitam e se admiram mutuamente.
Há uma interpretação da Celeste Rodrigues que também nos eleva os pés do chão, mas infelizmente os músicos que a acompanham não estão lá para a acompanhar, e muito menos a ouvem.
A Aldina é "A Princesa Prometida" nesse documentário, alguém que ficou à margem. Nas palavras da Lídia Jorge, quem se torna criativo (no sentido artístico ou mesmo científico) é sempre alguém que de alguma maneira ficou à margem, foi posto de fora. Não sei se é bom ou mau, sei que traz sofrimento.
O poema é do Ary dos Santos, um singelo letrista na linha directa de Camões e Bocage.
Enviar um comentário