Mais um belo desenho com uma carga emocional forte. A minha caçula fez no passado mês de maio provas a português e a matemática. É preciso formar e ensinar as nossas crianças é um facto, mas com 10 anos de idade acho uma violência incutir uma carga de responsabilidade que ainda não tem maturidade para absorver. Fiz o meu papel de mãe. A minha filha fez o papel de aluna. Deixo um beijo com estima e amizade.
Por essa idade eu fiz também o meu primeiro exame obrigatório. Naquele tempo, ou naquele meio, não era apropriado o encorajamento a congratulação, ou o regozijo de júbilo. O mínimo que se pedia era o máximo. O máximo que fôsse obtido não passava do mínimo exigível. Assim em que fui classificado com um Bom senti que falhara redondamente por não ter conseguido o Muito Bom (Nesse tempo havia mau, medíocre, Suficiente, Bom e Muito Bom). Nesse tempo a competição exterior à escola era dura. O filho de um operário por melhor aluno que fôsse apenas tinha a garantia de aos 12 ou aos 14 anos ter um trabalho de aprendiz sem remuneração numa fábrica ou numa oficina. Só os casos francamente excepcionais podiam pensar em estudar até 9 anos de escolaridade. E essa instrução escolar era destinada apenas a criar operários e técnicos competentes. Não pretendia nem educar, nem criar ascensão social por mérito. Agora que presenciamos nas Escolas, acontecimentos e orientações que fazem lembrar coisas desse tempo só posso desejar que possas continuar a apoiar a tua menina com o melhor sucesso e satisfação mútua. Beijinhos para ambas.
4 comentários:
Com o regresso dos exames, este fantasma vem assombrar de novo as crianças.
Gosto muito do desenho mas isso já não é novidade! :)
Beijos, Luís.
Mais um belo desenho com uma carga emocional forte. A minha caçula fez no passado mês de maio provas a português e a matemática. É preciso formar e ensinar as nossas crianças é um facto, mas com 10 anos de idade acho uma violência incutir uma carga de responsabilidade que ainda não tem maturidade para absorver. Fiz o meu papel de mãe. A minha filha fez o papel de aluna.
Deixo um beijo com estima e amizade.
Obrigado Maria Eu!
Beijos também!
Por essa idade eu fiz também o meu primeiro exame obrigatório. Naquele tempo, ou naquele meio, não era apropriado o encorajamento a congratulação, ou o regozijo de júbilo. O mínimo que se pedia era o máximo. O máximo que fôsse obtido não passava do mínimo exigível. Assim em que fui classificado com um Bom senti que falhara redondamente por não ter conseguido o Muito Bom (Nesse tempo havia mau, medíocre, Suficiente, Bom e Muito Bom).
Nesse tempo a competição exterior à escola era dura. O filho de um operário por melhor aluno que fôsse apenas tinha a garantia de aos 12 ou aos 14 anos ter um trabalho de aprendiz sem remuneração numa fábrica ou numa oficina. Só os casos francamente excepcionais podiam pensar em estudar até 9 anos de escolaridade. E essa instrução escolar era destinada apenas a criar operários e técnicos competentes. Não pretendia nem educar, nem criar ascensão social por mérito.
Agora que presenciamos nas Escolas, acontecimentos e orientações que fazem lembrar coisas desse tempo só posso desejar que possas continuar a apoiar a tua menina com o melhor sucesso e satisfação mútua.
Beijinhos para ambas.
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