quarta-feira, 15 de abril de 2020

Cão da Craveiro

Lembro-me de pessoas que não vejo há muitos anos mas que comigo andam na memória e nos pensamentos. Caminho com elas pela rua como se se tratásse de um grupo de amigos a caminho de uma festa. 
Por vezes chego a escrever nos envelopes o seu endereço e a preparar qualquer coisa para ir no correio.
Depois por uma razão ou por outra os envelopes não chegam ao destinatário. Já me aconteceu também dar por perdido algum correio que esperava. Foi por isso que deixei de encomendar livros.
Mas isto tudo para dizer que me lembro da Craveiro e dos cães. A Celeste passeia cães que não têm quem os passeie. Porque são idosos, cegos, surdos... E hoje fiz um cão a pensar nela.


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