Giánnis Ritsos foi um incansável e destemido lutador. Venceu a tuberculose; resistiu ao fascismo e aos invasores armados; batalhou contra a tirania; sobreviveu à guerra civil; ao universo do campo de concentração e do cárcere político; e viu ainda o fim da ditadura.
Dele deixo aqui um poema esperançoso, de uma ironia fina e alegre.
Catarse
O pássaro poisou na rocha. Olhou à volta
com os seus olhos verdes, rutilantes.
"Tuín, tuín, tuín", disse. E sabia o que dizia.
O caçador sorriu, era ao pôr do sol.
As duas nódoas na camisa não eram de sangue.
Prefácio magnífico de Custódio Magueijo que fez a selecção e a tradução.
2 comentários:
Tanto poeta que eu desconheço! Tantas coisas belas que desconheço, e tão pouco tempo para as procurar...
E quantas coisas belas tu conheces Justine? e quantas coisas complexas viveste? Como dizia outro que era importante que vivêssemos tempos interessantes e isso sem dúvida que já vivemos e estamos a viver tempos interessantes. Cada geração terá o seu tempo interessante e nós não nos podemos queixar do que já vivemos. Um abraço M. J. Justine
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