terça-feira, 22 de março de 2011

"Queremos para nós a carne, outros que roam os ossos."

Um menino, director de um tal jornal de negócios, disse que estamos à mercê do que amanhã for decidido no parlamento. Referia-se à aprovação de uma série de medidas do chamado 4º Plano de Estabilidade e Crescimento, medidas que desprotegem trabalhadores mais velhos com contratos de muitos anos; na prática a indemnização de um mês de salário por cada ano de trabalho tem um máximo acumulado de 12 meses, e cada mês de salário em vez de contar com 30 dias só contará com 20. Pois que eu saiba ainda é no parlamento que estas medidas deixam de ser medidas para serem lei, isto se uma maioria as aprovar, pois tal é o preceito da dita democracia representativa parlamentar. Estes jornalistas devem achar que a democracia é linda quando é a ideia deles a vencer, que é um aborrecimento quando tem de ter a aprovação da maioria. O menino jornalista que tem acesso ao templo que é a TV pública julga ser a maravilha entre sábios. Se o seu jornal é de negócios ele ainda não é um homem de negócios, mas lá chegará um dia. Por enquanto leva e traz, faz recados como este para a clientela do patrão:
Queremos para nós a carne, outros que roam os ossos.

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