domingo, 6 de março de 2011

ISABELA FIGUEIREDO - CADERNO DE MEMÓRIAS COLONIAIS

Não sou dado a leituras por ofício, dever ou passatempo. Já passei o tempo de ler por atacado. Não leio nem ao metro nem ao peso. Leio quando sinto falta de saber alguma coisa, ou quando os amigos me dizem para ler o que entendem merecer ser lido. Mesmo assim não faço fretes e só leio o que não posso deixar de ler. Faulkner terá dito que o escritor devia cativar o leitor nas primeiras páginas e para isso tinha de o agarrar pelas tripas. Julgo pertencer a esse tipo renitente de leitor que precisa de ser assim agarrado para não abandonar o livro.

Caderno de Memórias Coloniais


Alguns escritores possuem uma escrita que consegue agarrar as minhas tripas. Não entendo como fazem, a técnica literária que António Lobo Antunes diz estar exposta à vista de todos os aprendizes de escritor nos livros de Faulkner, é para mim transparente como ar fresco. Esses escritores, essa escrita, provocam algum tipo de amadurecimento transcendente do meu olhar, nesses escritores a paisagem é mais nítida, os personagens da narrativa despem e vestem variadas roupas de fantasia que habitualmente não consigo distinguir na realidade.
AQUI AO LADO TEXTOS COMO OS QUE QUE DERAM ORIGEM AO LIVRO VÃO SENDO PUBLICADOS NO BLOG DE ISABELA FIGUEIREDO:
 NOVO MUNDOhttp://novomundoperfeito.blogspot.com/

1 comentário:

Isabela Figueiredo disse...

Obrigada, Luís. É provável que exista uma técnica, mas eu não sigo nenhuma. Escrevo exatamente como faço tudo o resto: esperando dar aos outros o que gostariam que me dessem a mim. Isto não é técnica, é o que as nossas mães nos ensinam quando somos pequenos, e tu também sabes. Beijos.