domingo, 31 de janeiro de 2016

No rescaldo do dia de ontem o meu agradecimento à Melissa.























Os compositores sempre tomaram trabalhos de outros compositores para os adaptarem ao seu próprio gosto. Usando-os como mote para desenvolvimento da sua própria ideia, glosando temas, improvisando à maneira do que hoje nos é familiar na música Jazz.
Grieg adorava a música de Mozart como de resto hoje é consensual gostar-se de Mozart, mas no tempo em que Grieg viveu, Mozart era considerado fora de moda e considerado uma segunda escolha, uma música para tirocínio de intérpretes principiantes. Nessa altura em pleno romantismo Grieg decide escrever a sua música para acompanhar a de Mozart, talvez com esse espírito educativo mas também com o propósito de divulgação e de reverência a um compositor que ele admirava e o entusiasmava. 
O que Grieg fez foi manter Mozart íntegro num dos pianos e acrescentar a sua música num segundo piano. O resultado é mais reconfortante, é como se a música saísse do salão do palácio para a eira e ecoásse pelo vale até às montanhas. O entusiasmo de Grieg é patente quase como que o de uma abelha em volta de uma flor.

Fica aqui uma amostra da interpretação de Sviotoslav Richter e de Elisabeth Leonskaja já que não consegui a de António Rosado com Artur Pizarro.

 

Sem comentários: